3 julho 2013, Agência Brasil http://agenciabrasil.ebc.com.br
(Brasil)
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma
Rousseff continuará a receber movimentos sociais e organizações da sociedade
civil para discutir as demandas apresentadas durante as manifestações que
ocorreram no país. No entanto, segundo o ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Gilberto Carvalho, nos encontros, a presidenta não deverá discutir
pautas tradicionais dos movimentos, mas tratar da atual situação do país.
Na sexta-feira (5), Dilma vai se
reunir com organizações ligadas ao campo, representadas por entidades como a
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o Movimento
dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), além de quilombolas e pequenos agricultores.
Na próxima semana, será a vez dos
povos indígenas, que
têm reunião marcada com Dilma na quarta-feira (10).
Segundo Carvalho, as principais entidades do setor deverão ser ouvidas.
Ativistas da cultura digital, entidades e igrejas evangélicas e organizações
que discutem a reforma política também serão recebidos no Palácio do Planalto
na semana que vem.
Entrarão ainda na agenda
presidencial encontros com representantes de organizações de mulheres e do
movimento negro. “Será um ciclo novo [de reuniões] que a gente está abrindo,
além das que já fizemos, sempre nessa perspectiva da importância de ouvir a
sociedade, as demandas, aquilo que as ruas manifestaram e, a partir daí, tomar
atitudes que o governo entender que são possíveis e que atendam às demandas
sociais”.
Carvalho disse que as audiências
têm como foco tratar da atual situação do país e não discutir demandas
tradicionais dos movimentos, que, segundo ele, já são encaminhadas pela
Secretaria-Geral da Presidência.
“Este momento com a presidenta não
é para discutir aquela pauta que eles tratam com a gente sempre aqui na
secretaria. Todos esses movimentos, em geral, já têm diálogo com o governo, mesas
permanentes. Mas é um momento da presidenta ouvir diretamente questões,
opiniões, sugestões, análises do movimento sobre o momento nacional e, claro,
apresentarem as suas demandas, que, na medida do possível, serão tratadas pelo
governo”, declarou o ministro.
Segundo Carvalho, a partir de
agora, a presidenta Dilma Rousseff não fará apenas reuniões “episódicas” com a
sociedade civil, mas manterá contato “oportunamente” com as organizações.
Nos últimos dias, Dilma recebeu
representantes de entidades ligadas à juventude, direitos homossexuais,
movimentos urbanos e de moradia, além do Movimento Passe Livre, que deu origem
à onda de manifestações pelo país.
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