19 julho 2013, Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br
(Brasil)
O
presidente boliviano, Evo Morales, declarou nesta quarta-feira (18) estar
disposto a compartilhar com movimentos sociais da África sua política de
nacionalização de empresas, como fórmula para alcançar a independência
econômica.
“Quando
propusemos desde a Bolívia que devemos nacionalizar, devemos recuperar os
hidrocarbonetos, o petróleo, o gás e os minerais, isso atinge com força
especialmente a África”,
disse Morales, em ato público. Ele acrescentou ainda
que gostaria que os dirigentes sindicais bolivianos aprendessem a falar inglês
e que seria capaz de mandá-los à África “para sensibilizar os movimentos
sociais”.
O motivo
apresentado por Morales para a iniciativa é que “alguns países se libertaram
politicamente, socialmente, mas não se libertaram economicamente porque da
África ainda roubam o petróleo, o gás, os minerais, o ouro e o saque continua”.
“E quando
escutam [na África] a nossa mensagem sobre mudança profunda, essa mensagem
chega. Algumas transnacionais, os políticos do sistema capitalista, os
neocolonialistas, os neoliberais não aceitam que as forças sociais possam se
libertar lutando sob seus princípios e valores”, finalizou Morales.
Desde que
chegou ao poder em 2006, o presidente boliviano nacionalizou empresas de
telecomunicações, de fundição de minerais, hidrelétricas, administradoras de
empresas do Brasil, do Canadá, da Itália, do Peru e da Grã Bretanha, entre
outros países.
Além
disso, Morales enfatizou diversas vezes que os excedentes econômicos ficam na
Bolívia, graças às medidas de nacionalização, que permitiram que as reservas
internacionais líquidas do país aumentassem de 1,3 milhões de dólares em 2006
para 13 milhões na atualidade. (Fonte: Opera Mundi)
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