segunda-feira, 22 de julho de 2013

Moçambique/CPLP quer aprofundar debate sobre segurança na internet



21 julho 2013, Radio Moçambique http://www.rm.co.mz

A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) quer aprofundar o debate sobre segurança de dados e preservação da privacidade dos cidadãos na internet. A iniciativa ocorre no momento em que o Brasil e vários países exigem dos Estados Unidos explicações sobre as denúncias de espionagem das agências norte-americanas a informações de cidadãos no ciberespaço e também na telefonia.

Uma das ideias é que no âmbito da CPLP sejam coordenadas acções em foros internacionais em favor da definição de regras claras para a governança e segurança cibernética. Os ministros dos negócios estrangeiros dos oito países que compõem a comunidade analisaram a proposta no passado dia 18 durante a 18ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP.

A CPLP é formada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Os ministros dos estrangeiros debateram o tema "Os Novos Paradigmas e o Futuro da CPLP na Era da Globalização".

Porém, a questão da espionagem veio à tona no momento em que o ex-consultor norte-americano Edward Snowden denunciou a existência de um esquema de monitoramento, por agências dos Estados Unidos, a cidadãos do seu país e também no exterior. No caso do Brasil, o jornal O Globo, baseado em informações de Snowden, informou que houve um escritório em Brasília para coordenar as acções.

O governo brasileiro pediu informações aos Estados Unidos sobre as denúncias. O embaixador norte-americano em Brasília, Thomas Shannon, foi chamado a prestar esclarecimentos e negou as informações, mas comprometeu-se a analisar os dados por meio de uma comissão de peritos.

Além disso, ontem durante a reunião da CPLP os ministros decidiram que será designado um representante especial da comunidade para acompanhar as eleições e a situação na Guiné-Bissau (África), país que foi alvo de um golpe de Estado em 2012 e, em novembro, escolherá novo presidente e parlamentares.

Nos 17 anos de existência, a CPLP intensificou a articulação política entre os países do bloco, o que resultou em acções concretas de cooperação em áreas como saúde pública, agricultura e formação profissional.


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