22
julho 2013, África21 http://www.africa21digital.com (Portugal)
Os líderes do PCP, Bloco de Esquerda
e Verdes acusaram o presidente de Portugal, Cavaco Silva, de promover os
interesses dos credores internacionais ao invés do interesse do país, ao
decidir manter em funções o governo de coligação PSD-CDS.
Lisboa --- Os líderes do PCP, Bloco de Esquerda e Verdes acusaram o
presidente de Portugal, Cavaco Silva, de promover os interesses dos credores
internacionais ao invés do interesse do país, ao decidir manter em funções o
governo de coligação PSD-CDS, do primeiro-ministro Passos Coelho (PSD).
Em declarações na noite de domingo,
após o discurso ao país, de Cavaco Silva,
os dirigentes daqueles partidos
responsabilizaram o presidente da República pelo agravamento da crise.
"Em resultado deste
posicionamento, não há surpresa. Queremos aqui reafirmar que o presidente,
passando a ser promotor e defensor deste governo e desta política, passa a ser
co-responsável por todas as consequências que trará para o povo português esta
continuação de um governo moribundo", disse Jerónimo de Sousa, líder do
Partido Comunista.
Segundo Jerónimo de Sousa, a
proposta de Orçamento do Estado para 2014 vai servir para provar que "não
se pretende alterar o rumo da vida nacional, apenas persistir nesta política de
austeridade, de sacrifícios, a infernizar a vida de milhões de
portugueses".
Para João Semedo, coordenador do
Bloco de Esquerda, Cavaco Silva decidiu manter em funções "um governo sem
legitimidade". Trata-se de um governo "incapaz, desastrado e
condenado ao insucesso", disse.
Para os bloquistas, "Cavaco
esteve mais preocupado em proteger os partidos que o elegeram".
Em comunicado, o partido ecologista
Verdes afirma que "Cavaco Silva demonstra claramente que não defende os
interesses dos portugueses mas sim os interesses dos mercados financeiros, da
troika e dos dois partidos (PSD - CDS/PP) que dão suporte à direita em
Portugal".
Nenhum comentário:
Postar um comentário