Edmundo Galiza
Matos
O apoio financeiro do Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul a Moçambique está a atenuar os riscos de
redução do financiamento externo ao Orçamento do Estado e a programas
sectoriais de desenvolvimento socioeconómico do país pelo G-19 devido à crise
financeira internacional e a experimentada pela Zona Euro.
Citando uma fonte governamental, o
jornal Correio da Manhã escreve que em 2012 aquele grupo de maiores
financiadores externos de Moçambique reduziu em cerca de USD45 milhões o nível
da sua ajuda.
De acordo ainda com o jornal, os
riscos domésticos dos cortes dos fundos do G-19 incluem atrasos na modernização
da infra-estrutura de transportes, especialmente ferrovias e portos para
escoamento
do carvão de Moatize, em Tete, destinado à exportação, restrições de
fornecimento de energia eléctrica “e derrapagens políticas no contexto das
eleições municipais e presidenciais de 2013 e 2014”, de Outubro e Novembro
próximos, respectivamente, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os cortes de fundos externos estão
também a ser atenuados, segundo ainda o FMI, pela “brilhante” produção e
exportação de carvão, bem como pelo “prosseguimento de fortes entradas de IDE
(Investimento Directo Estrangeiro) em vários megaprojectos”, incluindo o
desenvolvimento da futura fábrica de produção do gás liquefeito (GNL), no
distrito de Palma, província de Cabo Delgado.
Ainda no seu documento divulgado
esta terçafeira, a partir da sua sede em Washington, nos EUA, o FMI indica que
o Governo moçambicano concordou em encetar acções de avaliação do pessoal a
estar à frente do processo de procura de formas de minimizar os riscos e
desenho de “opções políticas”.
Crescimento inclusivo
Como estratégia contra os riscos, o
FMI diz ter também garantias do Governo de que irá prosseguir com a sua
estratégia que inclui a manutenção da estabilidade macroeconómica, progres so
mais rápido em reformas para aumentar a competitividade e melhorar o ambiente
de negócios, para além do alto investimento contínuo em sectores sociais como
saúde, educação e formação profissional e infra-estrutura para transporte, água
e electricidade.
Frisa-se que o documento do Fundo
Monetário Internacional (FMI) foi divulgado por ocasião da realização da sexta
e última avaliação do acordo com Moçambique ao abrigo do Instrumento de Apoio à
Política Económica (PSI) e sobre a aprovação de um novo PSI de três anos já
aprovado pelo Conselho de Administração desta instituição financeira
internacional.
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