quinta-feira, 11 de julho de 2013

BRICS atenuam riscos da redução de ajuda externa a Moçambique



11 julho 2013, Radio Moçambique http://www.rm.co.mz

Edmundo Galiza Matos

O apoio financeiro do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul a Moçambique está a atenuar os riscos de redução do financiamento externo ao Orçamento do Estado e a programas sectoriais de desenvolvimento socioeconómico do país pelo G-19 devido à crise financeira internacional e a experimentada pela Zona Euro.

Citando uma fonte governamental, o jornal Correio da Manhã escreve que em 2012 aquele grupo de maiores financiadores externos de Moçambique reduziu em cerca de USD45 milhões o nível da sua ajuda.

De acordo ainda com o jornal, os riscos domésticos dos cortes dos fundos do G-19 incluem atrasos na modernização da infra-estrutura de transportes, especialmente ferrovias e portos para escoamento
do carvão de Moatize, em Tete, destinado à exportação, restrições de fornecimento de energia eléctrica “e derrapagens políticas no contexto das eleições municipais e presidenciais de 2013 e 2014”, de Outubro e Novembro próximos, respectivamente, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os cortes de fundos externos estão também a ser atenuados, segundo ainda o FMI, pela “brilhante” produção e exportação de carvão, bem como pelo “prosseguimento de fortes entradas de IDE (Investimento Directo Estrangeiro) em vários megaprojectos”, incluindo o desenvolvimento da futura fábrica de produção do gás liquefeito (GNL), no distrito de Palma, província de Cabo Delgado.

Ainda no seu documento divulgado esta terçafeira, a partir da sua sede em Washington, nos EUA, o FMI indica que o Governo moçambicano concordou em encetar acções de avaliação do pessoal a estar à frente do processo de procura de formas de minimizar os riscos e desenho de “opções políticas”.

Crescimento inclusivo
Como estratégia contra os riscos, o FMI diz ter também garantias do Governo de que irá prosseguir com a sua estratégia que inclui a manutenção da estabilidade macroeconómica, progres so mais rápido em reformas para aumentar a competitividade e melhorar o ambiente de negócios, para além do alto investimento contínuo em sectores sociais como saúde, educação e formação profissional e infra-estrutura para transporte, água e electricidade.

Frisa-se que o documento do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi divulgado por ocasião da realização da sexta e última avaliação do acordo com Moçambique ao abrigo do Instrumento de Apoio à Política Económica (PSI) e sobre a aprovação de um novo PSI de três anos já aprovado pelo Conselho de Administração desta instituição financeira internacional.

Nenhum comentário: