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julho 2013, Instituto João Goulart
http://www.institutojoaogoulart.org.br (Brasil)
João Vicente Goulart*
Submissão e
servilismo aos espiões não!
É de uma imensa falta de soberania o não esclarecimento
imediato a nossa população o que faz uma base da NSA americana (National
Security Agency) na capital de nosso país, em nossas barbas , em nossa casa,
monitorando nosso governo, nossos planos militares, nossas estratégias e o
pior, fazendo de bobo o povo brasileiro ao querer convencer- nos de que isto é
normal em um país democrático? Nossa embaixada em Washington é “target”
prioritária?
Agora sabemos que o monitoramento se dá através de satélites por nós alugados dos nossos soberanos imperialistas que como quer convencer o embaixador Shannon é um monitoramento corriqueiro, em explicação ao nosso ministro Paulo Bernardo. Ridículo se não fosse grave.
Será que para entender isto temos que voltar a agosto de 2003, onde a explosão até hoje não esclarecida pegou o Brasil e o Governo Lula de surpresa quando misteriosamente explodiu nossa base militar de Alcântara três dias antes do lançamento de nosso foguete transportador de um satélite brasileiro? Sabe-se que dias antes mais de 20 “turistas americanos” estavam há dias nas pequenas pousadas de Alcântara, subitamente despertada para tão grande movimentação turística americana?
É sabido a aversão que os americanos desenvolvem com quem quer ter a tecnologia de lançamento e construção de satélites própios, mas o que diz nosso governo? Vamos fazer um protesto através da nossa chancelaria e pedir explicações ao embaixador americano pensando que vamos ter um esclarecimento claro como merece nossa soberania? Ou teremos uma desculpa espalhafatosa e ficar por isso mesmo?
Nossa tecnologia espacial foi para o espaço com o custo da perda de 21 dos melhores técnicos e engenheiros aeroespaciais que tínhamos atrasando em décadas nosso próprio satélite de comunicações e nós, mesmo sem apurar o que aconteceu, se foi ou não um atentado de sabotagem, passamos a usar através de aluguel satélites americanos para nossas comunicações e deixamos para lá as investigações de quem foram os sabotadores?
Não custa lembrar que em 2011, o Governo FHC quase transfere essa base de Alcântara aos americanos e graças a um relatório do então Deputado Waldir Pires o Congresso soberanamente após ver o absurdo daquela operação onde o Brasil não poderia sequer entrar nas dependências da mesma optou por rejeitar aquele crime de “lesa-pátria” que se estava cometendo.
E hoje? Que respondemos ao Tio Sam? Vamos romper o contrato que mantemos com eles e os seus satélites ou vamos pedir ao mexicano Slim que nos empreste os dele para nossos planos estratégicos, sejam eles militares, de comunicação ou segurança de nossas fronteiras?
E depois ainda tem gente que defende a privatização de tudo, inclusive de nossa soberania...
*João
Vicente Goulart
Diretor do IPG- Instituto Presidente João Goulart
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