9 julho 2013, ADITAL
Agência Frei Tito para a America Latina http://www.adital.com.br (Brasil)
Trabalhadores/as do setor de
transporte, construção civil e construção pesada, metalúrgicos, químicos,
comerciários e de vários setores de atividades, junto com as centrais
sindicais, movimentos sociais e jovens de todo o Brasil já confirmaram
participação no Dia Nacional de Lutas,
mobilização que ocorrerá na próxima quinta-feira (11) em várias cidades
brasileiras.
A Central Sindical e Popular
Conlutas (CSP Conlutas), Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Central dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central
Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros
(CSB) se uniram em uma única pauta de reivindicações que
será levada às ruas no
dia 11.
De modo geral, as centrais pedem a
redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário,
reajuste para aposentados, transporte público de qualidade, fim do fator
previdenciário, fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização, reforma
agrária, mais investimentos em saúde, educação e segurança, além do fim dos
leilões de petróleo.
A CSP Conlutas afirmou que a
mobilização tem o objetivo de "cobrar dos nossos governantes a solução
para as mazelas que afligem a vida de todos: o caos no transporte, na saúde,
educação e moradia; a inflação, a violência policial, a escandalosa corrupção e
os desmandos dos políticos”. Para a Conlutas, a classe trabalhadora deve
"ocupar o seu lugar nesta luta” e fazer suas reivindicações.
Por sua vez, a CUT ressaltou que o
momento é para conquistar avanços "para que tenhamos, realmente, um Brasil
mais justo e igualitário, com valorização da classe trabalhadora e com melhor
distribuição de renda”. O Movimento de trabalhadores sem terra (MST) vai
reforçar a demanda pela reforma agrária nas ruas, já que, de acordo com Gilmar
Mauro, integrante da coordenação do movimento, a reforma agrária "é uma
questão que unifica a classe trabalhadora e é parte importante da solução da
distribuição de riqueza e principalmente da democratização da terra".
Agenda de mobilização
A Força Sindical divulgou nesta
terça-feira (9) a agenda atualizada de atos programados para o dia 11, em
diversas cidades. Em São Paulo (SP), por exemplo, a concentração está prevista
para acontecer a partir das 12h no Masp (Av. Paulista), antes disso os/as
trabalhadores/as devem fechar as principais vias da cidade como a Marginal
Tietê, Avenida do Estado, Radial Leste e Jacu-pêssego, além das rodovias
Anchieta, Dutra, Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares,
Fernão Dias e Mogi-Bertioga. Outros municípios da região metropolitana e do
interior também se preparam para a grande mobilização.
No Rio de Janeiro (RJ) a
concentração acontece pela tarde na Cinelândia. Em Belo Horizonte (MG) os/as
trabalhadores/as se reúnem na Praça 7. Em Porto Alegre (RS) estão previstas
quatro caminhadas em diferentes pontos da cidade e pela tarde os/as
participantes se concentram em frente à prefeitura. De acordo com a agenda,
neste dia não terão ônibus circulando por Porto Alegre.
Florianópolis, Criciúma, Itajaí e
Chapecó (SC) organizam passeatas e a paralisação da BR 101. Em Salvador (BA) o
ponto de reunião dos/as manifestantes será o Campo Grande. Em Recife (PE) os/as
trabalhadores/as prometem paralisar as obras do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e parar a BR 40. Em Fortaleza (CE) o ponto de encontro para a
passeata será a Praça do Ferreira. Confira a agenda de mobilização em outras
cidades aqui.
Juventude às ruas
A Jornada de Lutas da Juventude
Brasileira, composta por diversas organizações, também convocou os/as jovens à
irem para as ruas e participar da mobilização nacional, depois das manifestações
que levaram milhares de jovens para as ruas do Brasil durante os protestos
contra o aumento da tarifa de transporte público e altos investimentos com
obras da Copa do Mundo de 2014, no mês passado. "Milhares de jovens pelo
Brasil protagonizaram manifestações massivas nos últimos 20 dias. Ocuparam as
ruas e praças na luta por direitos. E com esse sentimento afirmamos que é a
luta nas ruas e com unidade entre os movimentos sociais que possibilitará a
conquista de mais vitórias”, enfatizou.
Além das reivindicações já
acordadas pelos trabalhadores e centrais sindicais, a juventude vai reforçar a
demanda pela reforma política com realização de plebiscito popular,
democratização dos meios de comunicação, reforma urbana, saúde pública e
universal, e os 10% do PIB para a educação pública. Os/as jovens também
protestarão contra o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas, a
repressão e a criminalização das lutas e movimentos sociais, a redução da
maioridade penal, a aprovação das propostas do estatuto do nascituro, entre
outras questões.
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