quarta-feira, 10 de julho de 2013

Brasil/Trabalhadores/as, juventude, centrais sindicais e movimentos se preparam para Dia Nacional de Lutas



9 julho 2013, ADITAL Agência Frei Tito para a America Latina http://www.adital.com.br (Brasil)


Trabalhadores/as do setor de transporte, construção civil e construção pesada, metalúrgicos, químicos, comerciários e de vários setores de atividades, junto com as centrais sindicais, movimentos sociais e jovens de todo o Brasil já confirmaram participação no Dia Nacional de Lutas, mobilização que ocorrerá na próxima quinta-feira (11) em várias cidades brasileiras.

A Central Sindical e Popular Conlutas (CSP Conlutas), Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) se uniram em uma única pauta de reivindicações que
será levada às ruas no dia 11.

De modo geral, as centrais pedem a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, reajuste para aposentados, transporte público de qualidade, fim do fator previdenciário, fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização, reforma agrária, mais investimentos em saúde, educação e segurança, além do fim dos leilões de petróleo.

A CSP Conlutas afirmou que a mobilização tem o objetivo de "cobrar dos nossos governantes a solução para as mazelas que afligem a vida de todos: o caos no transporte, na saúde, educação e moradia; a inflação, a violência policial, a escandalosa corrupção e os desmandos dos políticos”. Para a Conlutas, a classe trabalhadora deve "ocupar o seu lugar nesta luta” e fazer suas reivindicações.

Por sua vez, a CUT ressaltou que o momento é para conquistar avanços "para que tenhamos, realmente, um Brasil mais justo e igualitário, com valorização da classe trabalhadora e com melhor distribuição de renda”. O Movimento de trabalhadores sem terra (MST) vai reforçar a demanda pela reforma agrária nas ruas, já que, de acordo com Gilmar Mauro, integrante da coordenação do movimento, a reforma agrária "é uma questão que unifica a classe trabalhadora e é parte importante da solução da distribuição de riqueza e principalmente da democratização da terra".

Agenda de mobilização
A Força Sindical divulgou nesta terça-feira (9) a agenda atualizada de atos programados para o dia 11, em diversas cidades. Em São Paulo (SP), por exemplo, a concentração está prevista para acontecer a partir das 12h no Masp (Av. Paulista), antes disso os/as trabalhadores/as devem fechar as principais vias da cidade como a Marginal Tietê, Avenida do Estado, Radial Leste e Jacu-pêssego, além das rodovias Anchieta, Dutra, Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias e Mogi-Bertioga. Outros municípios da região metropolitana e do interior também se preparam para a grande mobilização.

No Rio de Janeiro (RJ) a concentração acontece pela tarde na Cinelândia. Em Belo Horizonte (MG) os/as trabalhadores/as se reúnem na Praça 7. Em Porto Alegre (RS) estão previstas quatro caminhadas em diferentes pontos da cidade e pela tarde os/as participantes se concentram em frente à prefeitura. De acordo com a agenda, neste dia não terão ônibus circulando por Porto Alegre.

Florianópolis, Criciúma, Itajaí e Chapecó (SC) organizam passeatas e a paralisação da BR 101. Em Salvador (BA) o ponto de reunião dos/as manifestantes será o Campo Grande. Em Recife (PE) os/as trabalhadores/as prometem paralisar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e parar a BR 40. Em Fortaleza (CE) o ponto de encontro para a passeata será a Praça do Ferreira. Confira a agenda de mobilização em outras cidades aqui.

Juventude às ruas
A Jornada de Lutas da Juventude Brasileira, composta por diversas organizações, também convocou os/as jovens à irem para as ruas e participar da mobilização nacional, depois das manifestações que levaram milhares de jovens para as ruas do Brasil durante os protestos contra o aumento da tarifa de transporte público e altos investimentos com obras da Copa do Mundo de 2014, no mês passado. "Milhares de jovens pelo Brasil protagonizaram manifestações massivas nos últimos 20 dias. Ocuparam as ruas e praças na luta por direitos. E com esse sentimento afirmamos que é a luta nas ruas e com unidade entre os movimentos sociais que possibilitará a conquista de mais vitórias”, enfatizou.

Além das reivindicações já acordadas pelos trabalhadores e centrais sindicais, a juventude vai reforçar a demanda pela reforma política com realização de plebiscito popular, democratização dos meios de comunicação, reforma urbana, saúde pública e universal, e os 10% do PIB para a educação pública. Os/as jovens também protestarão contra o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas, a repressão e a criminalização das lutas e movimentos sociais, a redução da maioridade penal, a aprovação das propostas do estatuto do nascituro, entre outras questões.

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