Arrancou já, em todo o país, a campanha de educação cívica atinente à sensibilização de cidadãos nacionais com 18 anos de idade ou mais com vista à sua participação massiva no terceiro recenseamentou eleitoral de raiz, a ter lugar de 24 deste mês a 22 de Novembro. O pontapé de saída deste acto foi dado no sábado, em Maputo, pelo presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), João Leopoldo da Costa, que apelou a todos os cidadãos abrangidos para se inscreverem nos cadernos eleitorais e assim garantirem a sua participação nas três eleições que se avizinham, nomeadamente as provinciais e autárquicas do próximo ano, e as presidenciais e legislativas de 2009.
Maputo, 3 setembro 2007 - No acto de lançamento desta campanha, que teve lugar no bairro do Chamaculo (um dos mais populosos da capital do país), o presidente da CNE fez questão de explicar que o facto de os moçambicanos terem participado, há bem pouco tempo, no Recenseamento Geral da População e Habitação, não anula a sua participação no registo eleitoral deste mês.
"Alguns devem estar a perguntar-se porquê ir se inscrever no recenseamento eleitoral, se acabamos de participar no Recenseamento Geral da População e Habitação, que se realizou no mês passado? Devo aqui explicar que se trata de dois processos diferentes. No Recenseamento Geral da População e Habitação, o Governo inscreveu todos os cidadãos nacionais, incluindo crianças e bebés, porque estava a recolher informações sobre quantos somos, onde vivemos. Portanto, tratava-se de fornecer ao Governo informações importantes para gerir a nossa vida. Agora, o recenseamento eleitoral tem por objectivo inscrever nos cadernos eleitorais todos os cidadãos com 18 anos ou mais, ou que completem 18 anos até à data das eleições, de modo a permitir que possam escolher os nossos dirigentes; são cidadãos maiores de 18 anos, porque estes podem escolher e serem eleitos conscientemente para os diversos cargos de direcção do nosso país, dependendo de cada eleição em que participam", disse o presidente da CNE.
João da Costa sublinhou, na ocasião, que o registo eleitoral constitui condição "sine qua non" para os cidadãos participarem nas eleições que se avizinham, ou seja, para elegerem e serem eleitos (no caso dos concorrentes). Foi com esta base que apelou a todos os moçambicanos, em geral, e aos partidos políticos, confissões religiosas, organizações sindicais e demais agremiações nacionais a se envolverem na sensibilização das pessoas a participarem neste processo.
Disse que para o sucesso deste registo é necessários que todos nos envolvamos na campanha de educação cívica, com o intuito de "não só nos prepararmos para o processo, como também nos envolvemos na sensibilização dos nossos familiares, amigos e colegas para que também participem".
"Devemos passar esta mensagem em casa, na fábrica, nas escolas, enfim, em todos os lugares para que todos participem no recenseamento", frisou.
A mesma exortação foi lançada pelo representante do Governo da cidade nestas cerimónias, Samuel Mudumela, e pelo anfitrião do evento, o director do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral a nível da cidade de Maputo, Dinis Chambal.
Samuel Mudumela, que ocupa o cargo de secretário permanente do Governo da cidade de Maputo, depois de apelar à participação de todos neste processo, referiu que o seu Executivo está aberto a colaborar com todas as iniciativas dos órgãos eleitorais da urbe no sentido de facilitar o seu trabalho, em termos de infra-estruturas e outros aspectos que contribuam para a disseminação da mensagem desta campanha, que assenta na participação de todos no censo e nos pleitos que se avizinham.
Prevê-se que para esta campanha estejam envolvidos 2050 agentes de educação cívica, que irão trabalhar em todo o território nacional. (Noticias)
Nenhum comentário:
Postar um comentário