Brasília, 7 setembro 2007 - O novo ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, ameaçou demitir o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, e todos os generais do Alto Comando, informa hoje a imprensa brasileira.
A crise começou na semana passada no âmbito do lançamento do livro "Direito à Memória e à Verdade", no Palácio do Planalto, com a presença do Presidente Lula da Silva.
O livro foi editado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos e dá a versão da Comissão Especial do Ministério da Justiça sobre os mortos e desaparecidos do regime militar (1964-1985).
O trabalho realizado pela Comissão ao longo de 11 anos reúne no livro centenas de casos de mortos e desaparecidos de esquerda que se opuseram ao regime ditatorial militar, instalado após o golpe de Estado de Abril de 1964.
Pouco antes da cerimónia de lançamento do livro, o ministro Jobim foi procurado por um oficial que o informou sobre a insatisfação das tropas.
Os militares estavam insatisfeitos com a decisão do governo Lula de lançar o livro no Palácio do Planalto, transformando-o num documento oficial, e argumentavam que a obra continha apenas a versão da esquerda brasileira.
Durante a cerimónia, o ministro Jobim avisou, entretanto, que não toleraria reacções à publicação.
"Não haverá indivíduo que possa reagir (contra o livro) e, se houver, terá resposta", ameaçou.
Nenhum dos comandantes dos três ramos das Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - compareceram ao lançamento do livro.
Dois dias depois, os 15 generais do Alto Comando do Exército reuniram-se para discutir a questão e elaborar uma nota pública.
De acordo com a imprensa brasileira, Jobim, com carta branca do presidente Lula da Silva, avisou os militares de que não admitiria a contestação da sua autoridade e que, se isso ocorresse, demitiria o comandante e a cúpula do Exército.
Exigiu também receber antecipadamente o documento do Alto Comando que seria distribuído à imprensa.
O texto divulgado pelo Exército não foi agressivo e o ministro, assim como o próprio Presidente Lula da Silva, considerou-o "aceitável".
Na nota, os militares recusam a possibilidade de revisão da Lei de Amnistia (1979) para possibilitar o julgamento de oficiais envolvidos com mortes e torturas.
A crise começou na semana passada no âmbito do lançamento do livro "Direito à Memória e à Verdade", no Palácio do Planalto, com a presença do Presidente Lula da Silva.
O livro foi editado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos e dá a versão da Comissão Especial do Ministério da Justiça sobre os mortos e desaparecidos do regime militar (1964-1985).
O trabalho realizado pela Comissão ao longo de 11 anos reúne no livro centenas de casos de mortos e desaparecidos de esquerda que se opuseram ao regime ditatorial militar, instalado após o golpe de Estado de Abril de 1964.
Pouco antes da cerimónia de lançamento do livro, o ministro Jobim foi procurado por um oficial que o informou sobre a insatisfação das tropas.
Os militares estavam insatisfeitos com a decisão do governo Lula de lançar o livro no Palácio do Planalto, transformando-o num documento oficial, e argumentavam que a obra continha apenas a versão da esquerda brasileira.
Durante a cerimónia, o ministro Jobim avisou, entretanto, que não toleraria reacções à publicação.
"Não haverá indivíduo que possa reagir (contra o livro) e, se houver, terá resposta", ameaçou.
Nenhum dos comandantes dos três ramos das Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - compareceram ao lançamento do livro.
Dois dias depois, os 15 generais do Alto Comando do Exército reuniram-se para discutir a questão e elaborar uma nota pública.
De acordo com a imprensa brasileira, Jobim, com carta branca do presidente Lula da Silva, avisou os militares de que não admitiria a contestação da sua autoridade e que, se isso ocorresse, demitiria o comandante e a cúpula do Exército.
Exigiu também receber antecipadamente o documento do Alto Comando que seria distribuído à imprensa.
O texto divulgado pelo Exército não foi agressivo e o ministro, assim como o próprio Presidente Lula da Silva, considerou-o "aceitável".
Na nota, os militares recusam a possibilidade de revisão da Lei de Amnistia (1979) para possibilitar o julgamento de oficiais envolvidos com mortes e torturas.
Dizem que só há "um Exército" - ontem e hoje - e argumentam que factos históricos têm "diferentes interpretações", não só a da esquerda. (Lusa)
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