terça-feira, 3 de julho de 2007

África/ONU apoia integração do continente

Accra, Ghana, 02/07 - A Secretária-Geral adjunta das Nações Unidas, Asha-Rose Migiro, fez saber hoje (segunda-feira) que a sua organização vai apoiar os esforços de África para a sua total integração política e económica, informou a "Panapress.
Segundo a fonte, Asha-Rose Migiro sublinhou que o centro de interesse da Nona Cimeira Ordinária da União Africana (UA) aberta domingo em Accra, Ghana, "vem em boa hora".
"As Nações Unidas apoiam de longa data a integração regional em África. Continuamos determinados em apoiar este processo", referiu Migiro, primeira africana a pronunciar-se diante de uma Cimeira da UA em nome da ONU, perante 40 chefes de Estado e de Governo.
A cimeira é consagrada às perspectivas de criação de um Governo federal destinado a acelerar a integração total do continente africano. A antiga ministra dos Negócios Estrangeiros da Tanzânia, que assumiu a função de Secretária-Geral adjunta da ONU a 01 de Fevereiro de 2007, apelou igualmente para um reforço da colaboração entre os países africanos e entre a África e os seus parceiros internacionais.
"Precisamos de parcerias sólidas para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) com detalhes precisos e de parcerias mais sólidas para resolver e gerir os conflitos africanos e é através de tais parcerias que as capacidades de África poderão ser reforçadas", afirmou. Migiro sublinhou que, mesmo se a África fez alguns progressos no decorrer dos anos, o continente ainda está em atraso do resto do Mundo no alcance dos objectivos de desenvolvimento comuns, devido a obstáculos desencorajadores que deviam ultrapassar. como o aumento da pobreza e das taxas de mortalidade materna e infantis elevadas.
Relativamente aos ODM, Migiro declarou que este ano marcava o meio percurso entre a adopção dos objectivos e a data fixada para os atingir em 2015.
Asha Migiro fez notar que "isto torna particularmente importante o facto de estarmos mais decididos nos nossos esforços e estabelecer parcerias mais sólidas para reduzir a pobreza, satisfazer as necessidades em matéria de saúde, educação e em outros sectores e promover a igualdade entre os sexos".
A Secretária-Geral adjunta da ONU abordou igualmente a persistência da crise em Darfur, região ocidental do Sudão, onde mais de 200 mil pessoas foram mortas e milhões de outras deslocadas durante anos de lutas intestinas.
"Nenhuma parte em África os desafios para a paz e a segurança são mais evidentes do que em Darfur, onde o conflito continua a fazer um número excessivo de vítimas entre homens, mulheres e crianças", sustentou.
"O ciclo trágico da violência em Darfur foi autorizado a durar durante muito tempo", afirmou, preconizando o desdobramento urgente da força híbrida ONU-UA para restabelecer a situação.
Relativamente ao HIV/Sida, Migiro afirmou que lutar eficazmente contra esta pandemia era uma condição prévia para atingir a maior parte dos outros ODM.
"Em particular, devemos bater-nos contra as causas profundas da sua propagação entre as mulheres e as jovens raparigas", frisou a Secretária-Geral adjunta da ONU, deplorando que as mulheres carregam uma parte desproporcionada da carga da sida em África. (AngolaPress)

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