Quito, 29 Julho 2007 - A ministra das Relações Exteriores do Equador, María Fernanda Espinosa, confirmou sábado que a decisão de seu país de não renovar o contrato com os Estados Unidos para a permanência na Base de Manta, que termina em 2009, é irreversível.
"Não será renovado o convênio da Base de Manta. Aqui não há equívocos, não há passo para trás", disse a chanceler em conferência de imprensa convocada sábado exclusivamente para desmentir versões que indicavam um possível plebiscito para resolver o tema.
Espinosa lamentou que se tenha "tirado de contexto" as declarações que ela deu na sexta-feira numa extensa entrevista na "Radio Quito".
Nessa ocasião, a chanceler afirmou que a presença de tropas estrangeiras no país poderia ser permitida "só se maciçamente os equatorianos se pronunciarem sobre a ratificação do convênio. De outra forma, me parece impossível".
"Não se pode brincar, mal-interpretar e tirar de contexto algo tão sério quanto a Base de Manta", ressaltou a ministra.
Segundo Espinosa, "a grande maioria dos equatorianos e equatorianas, se não todos, são contra a presença de tropas militares de outros países no nosso território".
A chanceler lembrou que já comunicou a decisão definitiva a autoridades americanas "de todos os níveis", que respeitaram essa determinação.
"Este é um tema de soberania nacional, do sentimento profundo do povo equatoriano que nós não podemos trair", concluiu.
Desde 1999, militares dos EUA realizam operações de combate ao narcotráfico na região a partir da Base de Manta. Recentemente, a embaixadora dos EUA em Quito, Linda Jewell, reiterou que Washington respeitará a decisão soberana do Equador. (AngolaPress)
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