terça-feira, 24 de julho de 2007

Brasil/Festival de Teatro do Oprimido na Palestina

Carta Maior / Arte & Cultura / Da Redação / 24 Julho 2007

TEATRO PELOS DIREITOS HUMANOS

Na Palestina, assim como já aconteceu na Índia, o método brasileiro está sendo utilizado para promoção do diálogo público em prol do Direitos Humanos.

O Centro de Teatro do Oprimido – CTO-Rio participou do Theatre of the Oppressed Season Building Bridges. Breaking Barriers (Estaçao de Teatro do Oprimido – construindo pontes e quebrando barreiras) na Palestina que aconteceu entre 29 de Março a 28 de Junho de 2007 e foi organizado pelo grupo teatral Ashtar, com participação de grupos locais e europeus (Espanha, Alemanha e Suíça), que se apresentaram nas diversas cidades dos Territórios Palestinos Ocupados.
Ashtar é o primeiro o grupo do mundo árabe que trabalha diretamente com o Método criado por Augusto Boal, através da supervisão de Bárbara Santos, coordenadora do CTO, que desde 2002 faz um trabalho de multiplicação na região. Este trabalho proporcionou a criaçao de espetáculos de Teatro-Fórum do próprio grupo como A História de Mona (opressão da mulher) e de outros grupos formados por ele em diversas locais da Palestina.
A participação do CTO-Rio, com o apoio do Ministério da Cultura – Funarte, foi através do espetáculo de Teatro-Fórum Coisas do gênero, que fala da opressão contra a mulher. No período de 23 a 28 de junho, o CTO fez quatro apresentações nas cidades de Jerusalém (Teatro Nacional da Palestina), Nablus (Centro Cultural de Nablus) e Belém (Dar Annadwa – Espaço Cultural), e no fechamento do Festival em Ramallah (Palácio Cultural de Ramallah) para mais de 400 pessoas. No mundo inteiro, a difusão do Teatro do Oprimido é intensa, aumentando a agenda de eventos internacionais e a importância estratégia da prática deste Método, especialmente, na África e na Ásia.
O espetáculo Coisas do gênero já esteve em outubro de 2006, no Muktadhara II, Festival realizado na Índia, cuja abertura teve a participaçao de 12.000 praticantes indianos e centenas de estrangeiros. Na ocasião, houve o lançamento oficial da Federação Indiana de Teatro do Oprimido, com cerca de tres milhões de associados, que contou com a presença de Augusto Boal e de toda a equipe do CTO-Rio.
Diante dos eventos de Teatro do Oprimido realizados anualmente em todo o mundo, a equipe do CTO-Rio prioriza aqueles que tem importância estratégica, como este na Palestina, onde um método brasileiro está sendo utilizado para promoção do diálogo público em prol do Direitos Humanos. O Teatro Oprimido é hoje um Método Teatral largamente praticado no mundo inteiro, em línguas, culturas e geografias diversas, em cerca de 70 países, nos cinco continentes. Método genuinamente brasileiro e latino-americano a serviço da universalização do saber e do bem comum, baseado no respeito as especificidades das identidades locais, e em radical oposição à uniformização que massifica.
No Brasil, o Centro de Teatro do Oprimido – CTO-Rio tem encontrado o apoio necessário para intensificar o processo de difusão, através do projeto Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto, financiado pelo Ministério da Cultura / Programa Cultura Viva, de formação de Multiplicadores em dezesseis estados das regioes NE, CO, SE e SU, além de Moçambique e Guiné-Bissau.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=14523&alterarHomeAtual=1

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