quinta-feira, 19 de julho de 2007

Moçambique/Executivo precisa de 218 milhões de Euros para melhorar subúrbios do país

Maputo, 18 julho 2007 - O Governo de Moçambique deve investir em infra-estruturas cerca de 218 milhões de euros, por ano, até 2020, para melhorar os subúrbios do país, fez saber hoje, quarta-feira, o director da Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade "Eduardo Mondlane", José Forjaz, citado pela Lusa.

De acordo com a fonte, o arquitecto José Forjaz falava sobre os desafios do país no capítulo da "Urbanização, Ordenamento do Território e Desenvolvimento", num seminário organizado pela Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade "Eduardo Mondlane" (UEM).

Dados fornecidos na ocasião indicam que "pouco mais de 28,6 por cento da população moçambicana vive nas zonas urbanas e 75 por cento habita em bairros não urbanizados e pobres, onde o aumento populacional é mais rápido".

Segundo o director da Faculdade de Arquitectura da UEM, Moçambique poderá atingir a categoria de país urbanizado em 2015, quando mais de 50 por cento da sua população estiver a residir nas cidades.

"A população das nossas cidades cresce mais rapidamente do que a população rural e a população dos bairros não urbanizados e pobres cresce mais rapidamente do que a população dos bairros urbanizados mais ricos", sublinhou José Forjaz, o mais reputado arquitecto moçambicano.

Por essa razão, são necessários investimentos avultados em escolas, hospitais, vias de acesso e habitação, para a criação de condições de vida adequadas nos bairros não urbanizados e pobres, considerou Forjaz.

"As nossas cidades são caracterizadas pela falta de infra-estruturas básicas, de serviços urbanos eficientes, equipamentos sociais adequados e suficientes, habitação condigna para a maioria da população, espaço urbanizado para a sua expansão, emprego, capacidade de gestão administrativa, técnica e financeira, bem como deficiente tributação e urbanidade", enfatizou o arquitecto.

Para enfrentar esse desafio, Moçambique terá de contar com apoios externos, pois localmente não existem meios à altura das necessidade de urbanização, alertou o director da Faculdade de Arquitectura da UEM.

O arquitecto admitiu que o êxodo para as cidades não é um fenómeno só típico de Moçambique, sendo "uma tendência imparável em todo o Mundo". (AngolaPress)

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