Para quando novo referendo em Timor?
Portugal Directo Domingo, 29 de Julho de 2007
O país do sol nascente parece que está em banho-maria, como muitos já dizem, mas não tarda iremos saber quais as decisões de Ramos Horta sobre quem irá convidar para formar governo - AMP ou Fretilin?
Dizem os analistas que a aparente indecisão ou dificuldade do Presidente da República é só mesmo isso: aparente. Horta estará somente a arrastar o processo de nomeação para timorense ver e que o sua maior frustração prende-se com o facto de Xanana Gusmão e o recém formado CNRT não ter conseguido um bom resultado. Um resultado que lhe permitisse governar sem coligações. Esse foi sempre o objectivo de ambos, Horta e Xanana, mas que os eleitores frustraram ao votarem maioritariamente na Fretilin, permitindo-lhe que continue a ser o maior partido timorense.
Um Governo um Presidente era o objectivo, mas em vez disso os eleitores relegaram Xanana Gusmão, CNRT, para a representatividade de um quinto do universo eleitoral e fizeram emergir o Partido Democrático de Fernando Lasama Araújo, que a partir de agora terá sempre uma palavra vinculativa a dizer na política timorense.
Por isto, nem Horta nem Xanana esperavam, muito menos a Austrália - principal interessada na dupla Horta-Xanana como "governadores daquele seu território ultramarino" - definição forte mas que tem vindo a ser avalizada por certos comportamentos consentâneos e subservientes da dupla timorense, assim como pela arrogância dos ditos neocolonizadores australianos.
O país do sol nascente parece que está em banho-maria, como muitos já dizem, mas não tarda iremos saber quais as decisões de Ramos Horta sobre quem irá convidar para formar governo - AMP ou Fretilin?
Dizem os analistas que a aparente indecisão ou dificuldade do Presidente da República é só mesmo isso: aparente. Horta estará somente a arrastar o processo de nomeação para timorense ver e que o sua maior frustração prende-se com o facto de Xanana Gusmão e o recém formado CNRT não ter conseguido um bom resultado. Um resultado que lhe permitisse governar sem coligações. Esse foi sempre o objectivo de ambos, Horta e Xanana, mas que os eleitores frustraram ao votarem maioritariamente na Fretilin, permitindo-lhe que continue a ser o maior partido timorense.
Um Governo um Presidente era o objectivo, mas em vez disso os eleitores relegaram Xanana Gusmão, CNRT, para a representatividade de um quinto do universo eleitoral e fizeram emergir o Partido Democrático de Fernando Lasama Araújo, que a partir de agora terá sempre uma palavra vinculativa a dizer na política timorense.
Por isto, nem Horta nem Xanana esperavam, muito menos a Austrália - principal interessada na dupla Horta-Xanana como "governadores daquele seu território ultramarino" - definição forte mas que tem vindo a ser avalizada por certos comportamentos consentâneos e subservientes da dupla timorense, assim como pela arrogância dos ditos neocolonizadores australianos.
Aponta-se como mais uma prova da ascendência australiana e seu domínio em Timor-Leste a visita que John Howard fez há dois dias a Díli, decidida por ele e sem avisar as autoridades timorenses, como é do preceito internacional e normal na sã convivência entre pessoas de bem.
Afinal o que é que vem provar este episódio, mais um, sobre o modo como o governo australiano vê o novo vizinho? Quem diz que Timor-Leste não é mais um território ultramarino australiano? Quem duvida de que as políticas de Horta e Xanana estão tão comprometidas com os seus novos colonizadores ao comportarem-se como obedientes e servis governadores do todo poderoso Howard?Também não deixa de ser curioso, muito estranho mesmo, que o actual governo timorense, ainda da Fretilin, não proceda ao protesto pelos canais diplomáticos em que repudie a atitude do PM australiano.
É que se Timor-Leste é para ficar como colónia australiana já podiam ter avisado. Assim sendo, a comunidade internacional não tem de estar a suportar os custos da formação de um país, uma metade de ilha, que na prática é território da maior potência da área: Austrália!
Ao andar nos apelos, na pedincha à comunidade internacional, o senhor Horta, os governos, a ONU estão a enganar quem?
A Austrália que trate do seu novo território e dos seus habitantes como deve e que tudo fique claro para não andarmos nestas falsidades e palhaçadas.
Só falta saber se realmente é isso que os timorenses querem, serem australianos de segunda ou terceira, e para isso nada melhor que um referendo, patrocinado pela ONU.
Nenhum comentário:
Postar um comentário