Luanda, 30 Julho 2007 - A Alemanha quer acompanhar e incrementar o seu apoio ao processo de reconstrução de Angola, na sequência do melhoramento do nível da cooperação bilateral registado nos últimos dois anos.
Este interesse foi manifestado hoje, segunda-feira, em Luanda, pelo embaixador da Alemanha em Angola, IngoWinkelman, no final de uma audiência que lhe foi concedida pelo presidente da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida.
O diplomata, em fim de missão depois de dois anos de trabalho, disse deixar o país dentro de uma semana "com grande satisfação, porque nos últimos tempos houve um melhoramento bastante forte das relações de cooperação, particularmente nas áreas cultural e económica.
Ingo Winkelman apontou a participação de Angola no campeonato mundial de futebol realizado em 2006 na Alemanha e o estabelecimento no país de pequenas e médias empresas alemãs como sinais positivos do incremento dessa cooperação.
De acordo com o embaixador, estas acções muito concretas demonstram que o povo alemão quer acompanhar Angola no seu processo de reconstrução económica, depois de cerca de três décadas de guerra.
"Nós alemães compartilhamos a experiência de quão difícil é recomeçar uma vida do Estado, depois de uma guerra", disse o Ingo Wilkeman, que expressou também os seus agradecimentos ao presidente da República, José Eduardo dos Santos, e ao povo angolano, pela da maneira como nos últimos dois anos foi recebido no país.
A história da cooperação entre os dois países indica que os primeiros êxitos da nova parceria iniciaram em 2005, com a liquidação por parte dos angolanos das antigas dívidas com a ex-República Democrática Alemã, seguindo-se em 2006 numerosas visitas recíprocas de governantes e deputados.
Em 2006, radicaram-se meia dúzia de pequenas e médias empresas alemãs em Angola, enquanto em Março de 2007 entrou em vigor o Contrato de Protecção de Investimentos bilateral.
Para fins de Setembro deste ano, espera-se a visita do ministro alemão da Economia, a Luanda, no quadro do incremento da cooperação.
As autoridades alemãs acreditam que a dinâmica económica do país poderá levar a parceria bilateral para outras áreas: cultura, ciência, justiça, augurando um papel positivo dos angolanos que nos anos 70 e 80 estudaram na Alemanha. (AngolaPress)
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