Maputo, 14 Julho 2007 - O governo de Moçambique vai lançar ainda este ano uma nova licitação internacional para a prospeção de petróleo e gás em diversas regiões do país, anunciou o presidente moçambicano, Armando Guebuza.
Falando em um seminário sobre as potencialidades de Moçambique, que ocorreu sexta-feira em Washington, Guebuza instou os empresários norte-americanos das companhias petrolíferas a investirem no país africano de língua portuguesa.
O chefe de Estado moçambicano esteve nos Estados Unidos para testemunhar a assinatura de um acordo de financiamento com a Millennium Challenge Corporation (MCC), avaliado em cerca de US$ 500 milhões (R$ 950 milhões), atribuído a países com bons índices de desenvolvimento.
Petróleo, gás, ouro, agricultura
Recentemente, a Anadarko, uma das principais companhias norte-americanas de petróleo, a ENI, da Itália, Norsk Hydro e a DNO, ambas da Noruega, a Petronas, da Malásia, e a Artumas, do Canadá, venceram licitações lançadas pelo Executivo moçambicano para a prospecção petrolífera na bacia do Rovuma, no norte do país africano.
No entanto, segundo Armando Guebuza, há necessidade de se abrir um novo concurso internacional para que mais empresas concorram à realização de pesquisas no território moçambicano, onde "há fortes indicações de existência de outras reservas naturais" de petróleo e gás.
Relativamente ao gás, destacou o presidente, a petroquímica sul-africana Sasol está fazendo exploração em Temane e Panda, na província de Inhambane, sul de Moçambique.
Guebuza considerou que a participação empresarial norte-americana nestas duas áreas poderá permitir a "prosperidade conjunta" de ambos os países e, desse modo, "contribuir para que a pobreza em Moçambique faça parte da história".
Ouro, pedra preciosa, turismo, agricultura
O presidente moçambicano apontou ainda o ouro, a pedra preciosa e semipreciosa como outros dos recursos naturais que os empresários norte-americanos poderiam explorar em Moçambique.
Guebuza destacou ainda a necessidade de haver um forte investimento nas áreas do turismo e da Agricultura - cerca de 40 milhões de hectares aráveis não estão aproveitados em Moçambique. (Lusa)
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