Reportagem: Raquel Casiraghi / Agencia Chasque
Porto Alegre, 13 Julho 2007 - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), juízes e representantes de Ministério Públicos lançaram, nesta sexta em Porto Alegre, o Movimento Nacional contra a Impunidade e a Corrupção. Mais de cinqüenta entidades estiveram presentes no ato público que aconteceu no centro da Capital.
O presidente da seccional da OAB no Rio Grande do Sul, Claudio Pacheco Prates, afirma que protestos também devem ocorrer em outros Estados, até chegar em Brasília, com um grande ato público. O advogado espera que a campanha consiga tirar a população brasileira da "anestesia" em que encontra hoje, meio a tantas denúncias de roubos de políticos e em empresas públicas.
"Hoje, parece que o povo está, de alguma maneira, anestesiado. Estamos nos organizando para que esse efeito da anestesia passe e que as pessoas voltem a sentir dor. Que as pessoas voltem a se indignar com tudo isso que estamos vendo no nosso país, com toda essa onda de corrupção e essa impunidade marcante. Acordar a sociedade civil novamente", diz.
Entre as medidas para combater a impunidade e a corrupção, diz Claudio, estão o fim do Foro Privilegiado a políticos e o fortalecimento da advocacia pública.
"Renominar todo o sistema do Foro privilegiado e combater, de forma intransigente, a Emenda 358, que busca estender Foro privilegiado para ex-governantes. Isso é um absurdo, isso é um retrocesso no país, aumentando a impunidade. Criar um mecanismo que evite que deputados e senadores usem da renúncia pra se preservarem", afirma.
O presidente da seccional da OAB em Santa Catarina, Paulo Borba, estima que no próximo mês seja lançada a campanha no Estado. "Esperamos melhorar a cara do Brasil, a distribuição de renda, que tenhamos mais hospitais, estradas e escolas. Não é possível que o dinheiro que é da população seja utilizado para fins escusos", reclama.
A OAB e as entidades apoiadoras criaram um grupo de trabalho que irá formular medidas judiciais contra a corrupção no país. Estudo recente da organização não-governamental Transparência Brasil mostra que o Parlamento brasileiro é um dos mais caros no mundo, o que facilita a possibilidade de desvio de dinheiro.
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