quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lula garante a presidente de Honduras que governo brasileiro trabalha por sua volta




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe em audiência o presidente de Honduras, José Manuel Zelaya (Wilson Dias/ABr)

Mylena Fiori, repórter

12 agosto 2009/Agência Brasil http://www.agenciabrasil.gov.br

Brasília - O governo brasileiro vem apoiando o retorno ao poder do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, em conversas com o governo dos Estados Unidos e por meio da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A garantia foi dada a Zelaya pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em reunião na tarde de hoje (12), em Brasília.

“Claro que a nossa capacidade de convencimento está sendo usada. Houve algumas medidas e isso nos preocupa. O presidente Lula expressou isso muito claramente para o presidente Zelaya”, relatou o chanceler ao final do encontro de cerca de uma hora quinze minutos.

“Não há dúvida sobre o apoio do Brasil pela volta imediata, incondicional [de Zelaya ao poder]”, completou.

Amorim destacou, ainda, que o Brasil está preocupado com a demora no estabelecimento de um acordo para o retorno de Zelaya a Honduras. A avaliação do governo brasileiro é de que, com o passar do tempo, seja enfraquecida a capacidade de Zelaya de legitimar as eleições gerais marcadas para novembro.

O chanceler aposta no poder de pressão do governo norte-americano. “É preciso não só que o presidente Zelaya volte, mas que volte rápido. E pra que ele volte rápido é preciso que os golpistas entendam que eles não têm futuro e quem pode dizer isso com todas as letras pra eles são os Estados Unidos, que têm maior influência direta”, ressaltou.

“O governo dos Estados Unidos tem o poder efetivo e a OEA tem o poder de direito. Então, é preciso a combinação desses dois poderes para que claramente eles [os golpistas] entendam que golpe de Estado não tem mais lugar na nossa região.”

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