Luanda, 31 agosto 2009 - A vice-ministra das Relações Exteriores, Exalgina Gambôa, afirmou hoje, em Luanda, que a participação de Angola no exercício "Golfinho FTX- Fase III" "é uma missão nobre e de elevada responsabilidade para os efectivos seleccionados".
A governante fez este pronunciamento na cerimónia que serviu de despedida aos mais de 500 efectivos dos três ramos das Forças Armadas Angolanas (Exército, Força Aérea e Marinha) e da Polícia Nacional, bem como de alguns elementos ligados à componente civil, que estarão envolvidos conjuntamente com outras forças militares dos estados membros da SADC, neste exercício.
Estas manobras militares vão decorrer de 01 a 26 de Setembro na África do Sul.
Segundo Exalgina Gambôa, este exercício vem testemunhar a África e o mundo o empenho da sub-região nas acções que visam a operacionalização da Brigada em Estado de Alerta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em concordância com os objectivos preconizados no que concerne à cooperação para operações de apoio à paz.
Para a vice-ministra, este exercício se enquadra na arquitectura de paz e segurança da União Africana e na materialização do
protocolo da SADC sobre cooperação política, defesa e segurança, bem como das resoluções do comité inter-estatal de
defesa e segurança, cujo marco foi o lançamento em 2007 na Zâmbia da Brigada em Estado de Alerta (BEA).
Durante o acto, Exalgina Gambôa fez a entrega da bandeira nacional ao comandante das tropas ao exercício e, de seguida,
os efectivos desfilaram diante da tribuna de honra, onde para além da dirigente do acto estavam presentes o chefe do Estado
Maior adjunto das FAA, general Geraldo Sachipengo Nunda, e os chefes dos três ramos das Forças Armadas, entre outros convidados.
Os exercícios, onde estarão envolvidos tropas da BEA da SADC, fazem parte das três fases do exercício Golfinho, nomeadamente MAPEX (exercício no mapa), realizado em Março deste ano, em Luanda, e de posto de comando, em Abril, em Moçambique.
As três fases visam preparar os militares da BEA para operações de manutenção da paz, de forma multi-dimensional, bem como
desenvolver e melhorar a cooperação regional no campo de missões de apoio à paz no continente africano e em outras regiões.
Desde a sua criação, a 17 de Agosto de 2007, durante a 27ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC, que decorreu em Lusaka, Zâmbia, a Brigada em Estado de Alerta da SADC registou já progressos quanto à organização e participação dos estados membros em operações de manutenção de paz em vários pontos do globo.
A missão da BEA tem como objectivo principal realizar missões de observação e controlo, apoio à pacificação, intervenção num estado membro, de modo a restaurar a paz e segurança, prevenir um diferendo ou conflito, impedir que se agrave ou alastre para áreas ou estados vizinhos, prestação de assistência humanitária, desarmamento e desmobilização pós-conflito.
As tropas da BEA estão baseadas nos seus respectivos países devendo movimentar-se apenas quando solicitadas pela SADC,
União Africana ou pelas Nações Unidas para uma intervenção ou missão de paz.
Integram a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) Angola, África do Sul, Botswana, Ilhas Maurícias, Lesotho, Moçambique, Malawi, Namíbia, RD Congo, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe.
Madagáscar, outro Estado membro, está suspenso pela organização devido à situação de instabilidade política reinante neste país.
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