Fortaleza, Brasil, 12 agosto 2009 - A Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza, no Ceará, inicia em Outubro a formação de técnicos do Instituto Superior Politécnico de Gaza e do Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas de Moçambique (Ipeme), revelou fonte institucional.
“Essa formação faz parte do acordo de cooperação, voltado para a produção e processamento de frutos e hortaliças”, disse à agência noticiosa portuguesa Lusa Vítor Hugo de Oliveira, director executivo da Embrapa, estatal brasileira da área de pesquisas.
A directora-geral do Ipeme, Odete Tsamba, afirmou que a transferência de tecnologia da Embrapa "é vital" para a fase de formação e instalação de unidades piloto de processamento de frutos, hortícolas e milho em Chokwe (Gaza) e Boane (Maputo), respectivamente.
“Esse é um projecto para dois anos”, afirmou, ao sinalizar que a meta é formar 30 pessoas, entre pequenos empreendedores e empresários da comunidade e estudantes finalistas do Instituto Superior Politécnico.
No Ceará, Odete Tsamba conheceu o campo experimental de frutos da Embrapa e minifábricas de processamento de castanha de caju e pedúnculo, em Pacajus, a 60 quilómetros de Fortaleza, juntamente com responsáveis do Instituto Politécnico e da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), parceiros nos projectos.
Em Junho passado, Odete Tsamba esteve no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas Empresa (Sebrae), em Brasília, onde assinou um memorando "para formação institucional do Ipeme", entidade pública que nasceu em Dezembro do ano passado.
Até meados de 2010 deverá funcionar em Maputo o primeiro Centro de Atendimento Empresarial, "com apoio do Sebrae" para apoiar empreendedores, ideia que avançará também noutros locais do país.
Moçambique concentra cerca de 29 mil micro e pequenas empresas que representam 87,5 por cento do total, segundo um estudo realizado no país, a maioria no sector de serviços e agricultura.
A Embrapa já tem tradição em acordos com países de língua portuguesa, como Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau, dirigidos para a cultura do caju, informou. (macauhub)
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