quinta-feira, 13 de agosto de 2009

China vê países lusófonos de forma isolada, afirma entidade

Rio de Janeiro, 13 agosto 2009 (Lusa) - A China está lidando separadamente com os países lusófonos e não no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, disse à Agência Lusa o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que propõe a inversão desta situação.

“Nós temos muito interesse em trabalhar nas duas perspectivas, para além da bilateral, e ver uma institucionalização entre o setor empresarial da CPLP e a China”, afirmou Basílio Horta, que participa do encontro empresarial para a cooperação econômica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, que acontece no Rio de Janeiro.

Até agora, Horta afirmou que a China está fazendo negócios bilateralmente com a CPLP. “Da nossa parte, damos prioridade a um relacionamento não só bilateral, mas também tripartido com outros países de língua portuguesa relativamente à China”.

Para ele, o Brasil e a China são “duas grandes economias que se relacionam diretamente”, e Portugal ganhará se souber relacionar-se com a China por meio de parcerias brasileiras.

“Portugal é uma pequena economia, a China é uma enorme economia. É uma perspectiva interessante colocar na agenda do setor empresarial da CPLP o fórum da China e dos países de língua portuguesa”, argumentou.

Horta está participando do encontro empresarial que decorre até hoje, pela primeira vez no Brasil, e reforça que não se pode “ignorar dentro do sector empresarial da CPLP este fórum”.

Este é um “aspecto importante" que a presença de Portugal está trabalhando no evento.

Parceria estratégica
Além disso, ele lembrou que Portugal integra a lista dos quatro parceiros estratégicos econômicos na Europa escolhidos pela China, junto com Espanha, França e Alemanha “e não é por acaso que isso acontece”.

Para estar na Europa é preciso estar em Portugal, defende Basílio-Horta, acrescentando que Portugal está para a Europa como Macau está para a China.

“Temos muito interesse em relacionamento com a China, mas para nós é mais importante relacionarmos através do fórum do que com o relacionamento bilateral”, frisou.

Horta defendeu ainda perante os empresários que seja organizado um encontro em Lisboa das agências de promoção a exportação dos países lusófonos antes da sexta edição do fórum empresarial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em 2010.

Nenhum comentário: