Rio de Janeiro, Brasil, 13 agosta 2009 (Lusa) - A Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) aproveitou o encontro empresarial do Rio de Janeiro, que junta empresários chineses e de língua portuguesa, para promover a diversificação dos investimentos em Angola, disse à Lusa o secretário-geral da organização.
Para António Tiago Gomes, há sectores da economia em Angola que também justificam investimentos, não se cingindo as oportunidades aos hidrocarbonetos e aos diamantes.
“Queremos evitar que a nossa economia continue dependente do petróleo e diamantes, queremos desenvolver outras áreas”, salientou António Tiago Gomes, que participa no encontro empresarial para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa.
“É importante que não haja concorrência entre nós, mas que haja complementaridade das acções”, ao destacar que muitas das áreas que precisam ser exploradas, como indústria, habitação, desenvolvimento rural, turismo e pesca.
As portas de Angola já estão abertas” aos investimentos, realçou.
“Tivemos um período mau, de guerra, que felizmente terminou em 2002 e a partir dessa altura o sector privado e o Governo têm estado a desenvolver grandes esforços no sentido de criar um ambiente que permita o desenvolvimento da actividade empresarial no país”, vincou.
Além de o Brasil ter uma participação no desenvolvimento desses sectores, com a futura instalação de um escritório da Agência Brasileira de Exportação e Investimento (Apex-Brasil) em Luanda, Tiago Gomes referiu a importância da China que tem em Angola o seu principal parceiro em África.
A CCIA está presente na quinta edição do encontro de empresários, no Rio de Janeiro, para encorajar a ida de parceiros estrangeiros para, “em conjunto, poderem trabalhar nos grandes desafios da nossa economia”, justificou Tiago Gomes.
No evento anual, cujos trabalhos encerram hoje, foram realizados encontros de negócios e exposições para que os participantes pudessem identificar formas de cooperação e estabelecer "joint-ventures" que contribuíssem para o desenvolvimento dos países envolvidos.
Além de Macau, China Continental e Brasil, também participam empresários de Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste.
Realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações, o encontro conta com a parceria do China Council for the Promotion of International Trade (CCPIT) e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).
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