Nota à opinião Pública
Rio Brilhante, 9 de julho de 2007
Nós dos movimentos sociais e representantes do poder público, reunidos no Seminário Impactos Sociais Ambientais e Econômicos da Expansão nas Usinas de Cana, realizado no município de Rio Brilhante, (Mato Grosso do Sul), viemos a público externar nossa tristeza e revolta com o assassinato da liderança Guarani Kaiowá, Ortiz Lopes, de 46 anos, da terra indígena Kurusu Ambá, município Coronel Sapucaia.
Em janeiro deste ano, Ortiz participou da retomada da fazenda Madama, onde a anciã Kuretê Lopes, 70 anos, foi assassinada à tiros por um grupo de pistoleiros armados. De lá pra cá, Ortiz havia sobrevivido a um atentado e vinha sofrendo várias ameaças de morte. Segundo as testemunhas o assassinato foi cometido em frente à casa da vítima.
Nosso encontro aqui neste seminário é justamente para denunciar os efeitos de um modelo de desenvolvimento excludente que se impõe através concentração terra e poder no Mato Grosso do Sul.
Negamos este modelo de morte, porque a partir de nossas vivências cotidianas sabemos que ele tem sido o principal responsável pela escravidão de trabalhadores rurais, pelas mortes de rios, florestas e fauna e o pelos assassinatos de Kuretê, Ortiz, Marçal, Dorvalino, Verón e tantos outros indígenas que reivindicaram a vida na terra.
Ortiz morreu lutando, porque não queria ver seus parentes trabalhando como escravos nas usinas de álcool – o que acontece com a maioria dos homens adultos do povo Guarani Kaiowá.
Consideramos que além de não trazer o desenvolvimento humano tão propagado pelos meios de comunicação, os 5 bilhões de reais em investimentos anunciados pelo Governo Federal para construção de 53 usinas de álcool no Mato Grosso do Sul agravarão a situação do povo Guarani Kaiowá.
Por isso afirmamos que reconhecer o direito à vida deste povo a partir de suas terras, como determina Constituição Federal de 88, é a única forma de apagar a mancha mais terrível de nossa história e iniciar a construção de um novo modelo de desenvolvimento que inclua a todos e todas.
Assinam os 122 participantes do seminário que representam as seguintes entidades
Centro de Defesa de Direitos Humanos Marçal de Souza
Gabinete do deputado Estadual Pedro Kemp
Federação dos Trabalhadores da Agricultura do MS
Acampamentos de trabalhadores Rural Geraldo Teixeira, Forutna, Esperança, Nova Esperança
Secretaria municipal de Educação de Rio Brilhante
Assentamentos de trabalhadores rurais Pará, Taubinha, Taquara e Lagoa Azul
Agrovila de Rio Brilhante
Movimento de Mulheres Camponesas
Movimento Negro de Rio Brilhante
Sindcato dos Trabalhadores da Educação de Rio Brilhantes
Sindicato dos Trabalahdores Rurais do MS
Conselho Indigenista Missionário MS
Instituto do Meio Ambiente e Desenvolvimento do MS
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Federação dos Trabalhadores da Educação do Mato Grosso do Sul
Central Única dos Trabalhadores MS
Conselho Municipal de RecursosAmbientas de Rio Brilhante
(Fonte: Conselho Indigenista Missionário/CIMI)
http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=2664&eid=352
Nós dos movimentos sociais e representantes do poder público, reunidos no Seminário Impactos Sociais Ambientais e Econômicos da Expansão nas Usinas de Cana, realizado no município de Rio Brilhante, (Mato Grosso do Sul), viemos a público externar nossa tristeza e revolta com o assassinato da liderança Guarani Kaiowá, Ortiz Lopes, de 46 anos, da terra indígena Kurusu Ambá, município Coronel Sapucaia.
Em janeiro deste ano, Ortiz participou da retomada da fazenda Madama, onde a anciã Kuretê Lopes, 70 anos, foi assassinada à tiros por um grupo de pistoleiros armados. De lá pra cá, Ortiz havia sobrevivido a um atentado e vinha sofrendo várias ameaças de morte. Segundo as testemunhas o assassinato foi cometido em frente à casa da vítima.
Nosso encontro aqui neste seminário é justamente para denunciar os efeitos de um modelo de desenvolvimento excludente que se impõe através concentração terra e poder no Mato Grosso do Sul.
Negamos este modelo de morte, porque a partir de nossas vivências cotidianas sabemos que ele tem sido o principal responsável pela escravidão de trabalhadores rurais, pelas mortes de rios, florestas e fauna e o pelos assassinatos de Kuretê, Ortiz, Marçal, Dorvalino, Verón e tantos outros indígenas que reivindicaram a vida na terra.
Ortiz morreu lutando, porque não queria ver seus parentes trabalhando como escravos nas usinas de álcool – o que acontece com a maioria dos homens adultos do povo Guarani Kaiowá.
Consideramos que além de não trazer o desenvolvimento humano tão propagado pelos meios de comunicação, os 5 bilhões de reais em investimentos anunciados pelo Governo Federal para construção de 53 usinas de álcool no Mato Grosso do Sul agravarão a situação do povo Guarani Kaiowá.
Por isso afirmamos que reconhecer o direito à vida deste povo a partir de suas terras, como determina Constituição Federal de 88, é a única forma de apagar a mancha mais terrível de nossa história e iniciar a construção de um novo modelo de desenvolvimento que inclua a todos e todas.
Assinam os 122 participantes do seminário que representam as seguintes entidades
Centro de Defesa de Direitos Humanos Marçal de Souza
Gabinete do deputado Estadual Pedro Kemp
Federação dos Trabalhadores da Agricultura do MS
Acampamentos de trabalhadores Rural Geraldo Teixeira, Forutna, Esperança, Nova Esperança
Secretaria municipal de Educação de Rio Brilhante
Assentamentos de trabalhadores rurais Pará, Taubinha, Taquara e Lagoa Azul
Agrovila de Rio Brilhante
Movimento de Mulheres Camponesas
Movimento Negro de Rio Brilhante
Sindcato dos Trabalhadores da Educação de Rio Brilhantes
Sindicato dos Trabalahdores Rurais do MS
Conselho Indigenista Missionário MS
Instituto do Meio Ambiente e Desenvolvimento do MS
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Federação dos Trabalhadores da Educação do Mato Grosso do Sul
Central Única dos Trabalhadores MS
Conselho Municipal de RecursosAmbientas de Rio Brilhante
(Fonte: Conselho Indigenista Missionário/CIMI)
http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=2664&eid=352
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