terça-feira, 10 de julho de 2007

Brasil servirá de modelo para políticas de combate à fome na América Latina e Caribe

Luana Lourenço / Repórter da Agência Brasil

Brasília, 9 Julho 2007 - A inciativa “América Latina e Caribe sem fome 2025”, coordenada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), vai usar programas sociais de segurança alimentar do governo brasileiro como modelo para ações de combate à fome em outros países.
O projeto pretende reduzir para menos de 5% o número de pessoas que sofrem com desnutrição crônica no sul do continente americano até 2025.
A medida foi anunciada hoje (9) após reunião entre o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf.
No encontro, representantes do ministério e da entidade internacional discutiram a avaliação dos programas brasileiros, a gestão da política de segurança alimentar e nutricional e a revisão do acordo de cooperação entre o Brasil e a FAO, que existe desde 2003.
De acordo com secretário de segurança alimentar do ministério, Onaur Ruano, experiências nacionais como o incentivo à agricultura familiar, os restaurantes populares e programas de educação alimentar serão apresentadas a nações da América Latina e do Caribe.
“O modelo brasileiro, particularmente a estratégia do Fome Zero, tem sido escolhido pela FAO na medida em que temos uma experiência exitosa, em que governo e sociedade civil fazem o processo de construção da política de forma articulada”.
Ruano acrescentou que a metodologia de segurança alimentar institucional brasileira servirá de modelo, mas cada país terá autonomia para elaborar programas e ações adequados às suas realidades.
Dados do ministério, atualizados em maio deste ano, mostram 65 milhões de brasileiros são beneficiados pelos programas de assistência social, transferência de renda e segurança alimentar que compõem o Fome Zero. Os investimentos na área somam R$ 21,6 bilhões por ano.

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