22 Abril 2015,
Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
O Presidente
Filipe Nyusi disse ontem em Magude, província de Maputo, que a paz deve ser
alimentada através de actos de tolerância e perdão entre os moçambicanos,
porque só em ambiente de harmonia, amizade e convívio salutares é que se pode
desenvolver o país.
Vincou, na
mesma ocasião, que o país deve permanecer uno e indivisível e que os
moçambicanos não devem perder tempo a discutir questões como a divisão do país.
O Chefe do
Estado falava num comício popular por ele dirigido na vila-sede do distrito de
Magude, no início da visita de trabalho de quatro dias que efectua à província
de Maputo. Na ocasião o Presidente da República centrou a sua intervenção em torno
de três questões fundamentais,
nomeadamente a paz, a unidade nacional e o
desenvolvimento.
Sobre a paz
Filipe Jacinto Nyusi afirmou que sem ela os moçambicanos não podem produzir
comida e o Governo não pode construir escolas, estradas, hospitais e outras
infra-estruturas sociais e económicas em prol dos cidadãos. Sublinhou que a paz
é o bem mais precioso que o povo moçambicano possui.
“As nossas
cabeças devem sempre estar em paz”, disse o Chefe do Estado, acrescentando que
não se está em paz quando no coração das pessoas reina a intolerância ou quando
elas disputam a terra, brigam sobre o gado e outros bens.
Referiu-se aos
recentes acontecimentos xenófobos registados na vizinha África do Sul,
assinalando que os mesmos revelam falta de paz.
Sobre a unidade
nacional o Presidente referiu-se à obra cimentada por Eduardo Mondlane, que
permitiu a união dos moçambicanos para a formação duma só frente de luta contra
o colonialismo português para a sua independência, o que aconteceu no longínquo
dia 25 de Junho de 1962. Segundo afirmou, a unidade foi a chave para a
libertação da terra e dos homens, de tal sorte que hoje os moçambicanos têm a
terra, a sua bandeira, as suas canções e o país é conhecido no mundo.
“Tal como fomos
unidos, só unidos hoje é que podemos desenvolver o país”, afirmou, ajuntando
que hoje os moçambicanos já não se perguntam uns aos outros sobre a origem de
cada um, porque são todos irmãos.
O Presidente da
República reafirmou que o país deve continuar uno, indivisível e que os
moçambicanos não devem perder tempo discutindo a divisão do país. Os
moçambicanos devem discutir, isso sim, sobre como produzir comida, construir
mais escolas, mais estradas e pontes, como ter mais água potável, entre outros
benefícios sociais, e não assumir a discussão sobre a divisão do país como uma
agenda do seu quotidiano.
Filipe Nyusi
afirmou que uma das formas de respeitar o povo é justamente respeitar as suas
vontades. Por isso há que investir o tempo no trabalho para libertar o povo da
miséria.
O Chefe do
Estado falou da chama da unidade, que está a percorrer o país desde o passado
dia 7 de Abril, indicando que ela é símbolo escolhido pelo povo para vincar a
sua união.
Disse não haver
razões para se questionar a escolha de Namatili, província de Cabo Delgado,
como ponto de lançamento da tocha, justificando que essa escolha deveu-se ao
facto de ser uma localidade limítrofe do rio Rovuma, por onde atravessavam os
guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique durante a luta armada de
libertação nacional.
Felisberto Arnaça
Nenhum comentário:
Postar um comentário