sexta-feira, 24 de abril de 2015

Moçambique/PR DIRIGINDO-SE AOS RESIDENTES DE MAGUDE: Paz deve ser alimentada

22 Abril 2015, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
O Presidente Filipe Nyusi disse ontem em Magude, província de Maputo, que a paz deve ser alimentada através de actos de tolerância e perdão entre os moçambicanos, porque só em ambiente de harmonia, amizade e convívio salutares é que se pode desenvolver o país.

Vincou, na mesma ocasião, que o país deve permanecer uno e indivisível e que os moçambicanos não devem perder tempo a discutir questões como a divisão do país.

O Chefe do Estado falava num comício popular por ele dirigido na vila-sede do distrito de Magude, no início da visita de trabalho de quatro dias que efectua à província de Maputo. Na ocasião o Presidente da República centrou a sua intervenção em torno de três questões fundamentais,
nomeadamente a paz, a unidade nacional e o desenvolvimento.

Sobre a paz Filipe Jacinto Nyusi afirmou que sem ela os moçambicanos não podem produzir comida e o Governo não pode construir escolas, estradas, hospitais e outras infra-estruturas sociais e económicas em prol dos cidadãos. Sublinhou que a paz é o bem mais precioso que o povo moçambicano possui.

“As nossas cabeças devem sempre estar em paz”, disse o Chefe do Estado, acrescentando que não se está em paz quando no coração das pessoas reina a intolerância ou quando elas disputam a terra, brigam sobre o gado e outros bens.

Referiu-se aos recentes acontecimentos xenófobos registados na vizinha África do Sul, assinalando que os mesmos revelam falta de paz.

Sobre a unidade nacional o Presidente referiu-se à obra cimentada por Eduardo Mondlane, que permitiu a união dos moçambicanos para a formação duma só frente de luta contra o colonialismo português para a sua independência, o que aconteceu no longínquo dia 25 de Junho de 1962. Segundo afirmou, a unidade foi a chave para a libertação da terra e dos homens, de tal sorte que hoje os moçambicanos têm a terra, a sua bandeira, as suas canções e o país é conhecido no mundo.

“Tal como fomos unidos, só unidos hoje é que podemos desenvolver o país”, afirmou, ajuntando que hoje os moçambicanos já não se perguntam uns aos outros sobre a origem de cada um, porque são todos irmãos.

O Presidente da República reafirmou que o país deve continuar uno, indivisível e que os moçambicanos não devem perder tempo discutindo a divisão do país. Os moçambicanos devem discutir, isso sim, sobre como produzir comida, construir mais escolas, mais estradas e pontes, como ter mais água potável, entre outros benefícios sociais, e não assumir a discussão sobre a divisão do país como uma agenda do seu quotidiano.

Filipe Nyusi afirmou que uma das formas de respeitar o povo é justamente respeitar as suas vontades. Por isso há que investir o tempo no trabalho para libertar o povo da miséria.

O Chefe do Estado falou da chama da unidade, que está a percorrer o país desde o passado dia 7 de Abril, indicando que ela é símbolo escolhido pelo povo para vincar a sua união.

Disse não haver razões para se questionar a escolha de Namatili, província de Cabo Delgado, como ponto de lançamento da tocha, justificando que essa escolha deveu-se ao facto de ser uma localidade limítrofe do rio Rovuma, por onde atravessavam os guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique durante a luta armada de libertação nacional.

Felisberto Arnaça


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