19 abril 2015, Carta Maior http://cartamaior.com.br (Carta Maior)
A Esude formará quadros civis e militares ligados às forças armadas dos governos sul-americanos.
Da Redação
A criação de um perfil e uma
doutrina estratégica para a defesa na América do Sul deverá contar agora não
somente com os esforços das pesquisas desenvolvidos no Centro de Estudos
Estratégicos (CEE), órgão criado pelo Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) em
2011, com sede em Buenos Aires. A criação da Escola Sul Americana de Defesa
(Esude) irá complementar o trabalho através da formação de quadros civis e
militares ligados às forças armadas dos governos sul-americanos. A inauguração
oficial da escola aconteceu na última sexta (17) na sede da Unasul em Quito, no
Equador. A proposta foi desenvolvida por Nilda Garre, ex-ministra da defesa do
governo Kirchner, atualmente representante da Argentina na OEA.
Em fevereiro de 2014, líderes de governo aprovaram a criação deste projeto durante a IX reunião executiva do Conselho de Defesa Sul Americano (CDS). De acordo com a Declaracão do conselho de chefes de estado e de governo da Unasul de dezembro de 2014, a iniciativa deverá
ser “um centro de altos estudos do Conselho de Defesa Sul-americano (CDS), de articulação das iniciativas nacionais dos Estados Membros, formação e capacitação de civis e militares em matéria de defesa e segurança regional de nivel político-estratégico.” A entidade funcionaria em rede, seguindo princípios da pluralidade e representação equitativa de membros, gradualidade e flexibilidade, e também consenso, complementaridade, cooperação e qualidade. Quatro importantes eixos de ação conduzirão os estudos: 1) geração de estratégias focadas na construção da ciberpaz sobre a base de uma ciberdefesa de proteção contra espionagem, 2) consolidação de politicas de defesa, 3) cooperação militar, ações humanitárias e operações de paz; 4) desenvolvimento da indústria de defesa na região, bem como a capacitação para garanti-la.
Tomou posse como diretor-geral da Esude Antônio Jorge Ramalho, eleito por consenso entre os vice-ministros de Defesa que se reuniram na véspera da inauguração. Antônio Jorge é doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo e professor do Instituito de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. Também atuou no Ministério da Defesa dirigindo o Departamento de Cooperação e colaborou com o Itamaraty na implantação do Centro de Estudos Brasileiros em Porto Príncipe, Haiti. Entre 2009 e 2011, foi assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República na área de defesa. O comando da escola também era concorrido com a indicação da Argentina de Jorge Battaglino, diretor da Escola de Defesa Nacional do país.
De acordo com o prof. Héctor Luis Saint-Pierre, ex-assessor do departamento de relações internacionais do Ministério da Defesa do Equador, as instituições participantes serão indicadas pelos ministérios de defesa dos países. Ernesto Samper, secretário-geral da Unasul, mencionou em recente coletiva de imprensa que as entidades integrantes seriam as academias militares. A curto prazo, portanto, não há expectativa de que universidades e academias civis sejam incluídas.
Em fevereiro de 2014, líderes de governo aprovaram a criação deste projeto durante a IX reunião executiva do Conselho de Defesa Sul Americano (CDS). De acordo com a Declaracão do conselho de chefes de estado e de governo da Unasul de dezembro de 2014, a iniciativa deverá
ser “um centro de altos estudos do Conselho de Defesa Sul-americano (CDS), de articulação das iniciativas nacionais dos Estados Membros, formação e capacitação de civis e militares em matéria de defesa e segurança regional de nivel político-estratégico.” A entidade funcionaria em rede, seguindo princípios da pluralidade e representação equitativa de membros, gradualidade e flexibilidade, e também consenso, complementaridade, cooperação e qualidade. Quatro importantes eixos de ação conduzirão os estudos: 1) geração de estratégias focadas na construção da ciberpaz sobre a base de uma ciberdefesa de proteção contra espionagem, 2) consolidação de politicas de defesa, 3) cooperação militar, ações humanitárias e operações de paz; 4) desenvolvimento da indústria de defesa na região, bem como a capacitação para garanti-la.
Tomou posse como diretor-geral da Esude Antônio Jorge Ramalho, eleito por consenso entre os vice-ministros de Defesa que se reuniram na véspera da inauguração. Antônio Jorge é doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo e professor do Instituito de Relações Internacionais da Universidade de Brasília. Também atuou no Ministério da Defesa dirigindo o Departamento de Cooperação e colaborou com o Itamaraty na implantação do Centro de Estudos Brasileiros em Porto Príncipe, Haiti. Entre 2009 e 2011, foi assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República na área de defesa. O comando da escola também era concorrido com a indicação da Argentina de Jorge Battaglino, diretor da Escola de Defesa Nacional do país.
De acordo com o prof. Héctor Luis Saint-Pierre, ex-assessor do departamento de relações internacionais do Ministério da Defesa do Equador, as instituições participantes serão indicadas pelos ministérios de defesa dos países. Ernesto Samper, secretário-geral da Unasul, mencionou em recente coletiva de imprensa que as entidades integrantes seriam as academias militares. A curto prazo, portanto, não há expectativa de que universidades e academias civis sejam incluídas.
Créditos da foto:
Unasul
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