8 abril 2015, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz
(Moçambique)
A Chama da Unidade, assinalando os 40 anos da proclamação da
independência nacional, “ilumina” desde ontem todo o país. A tocha foi acesa
pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no povoado histórico de Namatili,
distrito de Mueda, em Cabo Delgado, marcando também o ponto central das
comemorações do 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana.
O lançamento da chama foi testemunhado por várias figuras
político-governamentais, a todos os níveis, com destaque para a Presidente da
Assembleia da República, Verónica Macamo, representantes de confissões religiosas,
do Corpo Diplomático, entre outras. Aliás, Nyusi levou na sua delegação antigos
governantes, tais como Raimundo Pachinuapa, Mário Machungo, Eneas Comiche,
Alberto Chipande, Eduardo Mulémbwè, Aires Ali, Luísa Diogo, entre outros.
Discursando na ocasião, Filipe Nyusi disse que o presente facto vai
despertar e estimular o alento das novas gerações para que possam enfrentar da
melhor maneira os desafios da actualidade.
Explicou que o lançamento da tocha constitui
um acto que cobre a
todos os moçambicanos, a ser verdade que ninguém diz “não” à independência
nacional. Neste sentido, aproveitou a ocasião para apelar aos moçambicanos para
que tal como ontem em que estiveram unidos durante a luta de libertação
nacional reforcem esta mesma união tendo em vista os objectivos que o país
pretende alcançar, nomeadamente o bem-estar para todos.
“Só unidos, em paz e reconciliados podemos desenvolver o nosso
país”, disse o estadista, vincando que “em Moçambique não há lugar para a
divisão, para a exclusão ou a auto-exclusão e que os moçambicanos não se devem
tratar como inimigos. Não há lugar para que um grupo de moçambicanos ameace
outro grupo seja a que pretexto for, pois somos todos um só povo e queremos
viver em paz sem quaisquer incertezas”.
Convidou a todos os segmentos da sociedade para acompanharem a
marcha da Chama da Unidade em festa, afirmando que é uma ocasião para os
moçambicanos reflectirem sobre o que querem.
Justificando a escolha de Namatili para o lançamento da marcha,
cuja tocha se prevê chegue a Maputo no próximo dia 25 de Junho, data
comemorativa dos 40 anos da proclamação da independência, o Presidente afirmou
que Namatili constitui um local histórico privilegiado porque simboliza ou
valoriza o local onde durante a luta armada de libertação nacional foram
capturados mais de 100 soldados do regime colonial português, dando um golpe
fatal aos anseios dos colonizadores.
Em Namatili, segundo Nyusi, os guerrilheiros da Frelimo fecharam em
definitivo a porta de saída e de entrada da tropa colonial e deram um passo
significativo rumo à proclamação da independência que agora completa 40 anos
após a sua proclamação.
Durante o acto, foram apresentadas várias mensagens, com destaque
para a dos partidos políticos da oposição, da Associação dos Combatentes da
Luta de Libertação Nacional (ACLLN), da Organização da Mulher Moçambicana
(OMM), do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e do partido Frelimo, todas elas
enaltecendo a importância e o valor da cerimónia e também reiterando a
necessidade de os moçambicanos continuarem unidos, sem o espectro da violência,
em prol da melhoria da sua qualidade de vida.
No local, o Presidente da República lançou a primeira pedra para a
construção de cinco casas para funcionários públicos, depositou uma coroa de
flores no monumento erguido em memória dos heróis – isto por ocasião do 7 de
Abril –, visitou o mural indicativo da 4.ª edição do lançamento da chama da
unidade bem como a feira agrícola aberta a este propósito.
Refira-se que a chama da unidade irá percorrer o país do Rovuma ao
Maputo sob o signo “40 anos da independência nacional; consolidando a unidade
nacional, a paz e a soberania”.
Salomão Muiambo, em Mueda
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Moçambique/Mensagem do Presidente da
República por ocasião do 7 de Abril
7 abril 2015, Jornal
Domingo http://www.jornaldomingo.co.mz (Moçambique)
Por ocasião do 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, o
Presidente da Republica, Filipe Jacinto Nyusi saúda a toda Mulher Moçambicana,
do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico e na diáspora.
O 7 de Abril lembra-nos com nostalgia o desaparecimento
físico da heroína Josina Machel, nacionalista convicta, compatriota exemplar,
combatente destemida e defensora de causas sociais.
A data eterniza coragem e determinação assumidas pela
mulher durante a Luta pela Libertação Nacional. Nesse contexto, Josina Machel
imortaliza-se como referência incontornável no processo da auto -emancipação da
mulher moçambicana, libertando-se dos preconceitos sociais e das barreiras
culturais enraizadas na sociedade.
Na actualidade o legado de Josina Machel projecta-se na
visão, clareza e perseverança da mulher engajada nos diversos sectores de
actividade, contribuindo no desenvolvimento do nosso país.
O 7 de Abril deste ano reveste de importância especial
por coincidir com as comemorações do quadragésimo aniversário da nossa independência
sob o lema “40 Anos de Independência: unidade nacional, paz e progresso”.
Nesta data lançaremos também a Chama da Unidade que constitui um veículo para o reforço da unidade nacional, preservado a paz e solidariedade entre Moçambicanos.
O dia da Mulher deve constituir um momento de reflexão
profunda sobre o papel que cabe a cada um de nós no seu empoderamento para que
saiba projectar e defender os seus próprios interesses.
Hoje, quero fazer uma justa e merecida homenagem à toda
Mulher Moçambicana, do campo e da cidade. Endereço uma palavra de apreço e
empatia à toda mulher, mãe, seja ela trabalhadora do sector formal ou informal,
operária ou camponesa e educadora de futuras gerações.
Apelo a todos para que continuemos a trabalhar pela igualdade de direitos e de oportunidades entre o Homem e a Mulher porque não é um favor que se faz à mulher.
Por imperativo nacional devemos edificar uma sociedade
concebida e erguida com a participação de todos os segmentos populacionais, em
especial a Mulher.
Parabéns Mulher Moçambicana!
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