Moçambique vai deixar de importar arroz dentro dos próximos três a quatro anos, segundo expectativa ontem apresentada pelo Presidente da República, Armando Guebuza, falando à Imprensa, no término da sua visita de cinco dias à província da Zambézia. Um conjunto de medidas orientado para esse efeito está em marcha e inclui a vinda de técnicos vietnamitas com apoio do Governo japonês, para ajudar a maximizar a produção deste cereal.
24 maio 2010/Notícias
Para além do regadio de Nante, em Maganja da Costa, foram identificadas outras infra-estruturas de género que estão a ser objecto de atenção especial para o aumento das áreas de cultivo e de produtividade por hectare.
Segundo o Presidente da República, desta visita ficou a impressão geral de que há aumento de produtividade e da produção. O desafio que se apresenta tem a ver com a comercialização, sobre o qual ainda há muito trabalho por fazer.
Para incentivar a comercialização de excedentes e criar reservas para casos de emergência, o Governo já tem um programa de construção de silos em distritos com elevado potencial agroecológico.
“A comercialização constitui um desafio. A solução de um problema induz a novas necessidades para as quais pode não se estar preparado para fazer face, o que inclui indisponibilidade de recursos financeiros. Podemos não ter tido a dimensão do esforço necessário. Os silos não vão cobrir todas as necessidades da produção numa primeira fase, mas daqui há dois anos pensamos que teremos capacidade mínima. É uma cadeia completa que teremos que tomar em consideração”, disse.
Num outro desenvolvimento, o Presidente da Republica precisou, relativamente aos sete milhões, que será preciso uma mudança de atitude geral, para provocar as necessárias mudanças. Tal implica uma maior participação e menos crispação entre a população e os gestores. Através dos conselhos consultivos locais será preciso entender que há mais coisas que podem ser feitas com o dinheiro à disposição.
Olhando para os cinco dias da visita à província da Zambézia, o Presidente da República disse que os objectivos foram conseguidos, com enfoque na abordagem sobre a descentralização e “revolução verde”, tendo em conta a necessidade de combater a pobreza. (Osvaldo Gêmo)
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