A mortalidade materno-Infantil poderá reduzir no país, como consequência directa da introdução de medidas como a maternidade modelo e humanização do parto nas unidades sanitárias públicas, segundo revelou ontem, em Maputo, Joana Salia, directora científica do Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA).
12 maio 2010/Notícias
A nova directora científica deu esta informação no primeiro dia das VI Jornadas Científicas que decorrem até amanhã sob o lema “A investigação científica contribuindo para o alcance dos objectivos do milénio”.
Mortalidade modelo e humanização do parto introduzem iniciativas que aumentam a atenção às mulheres grávidas, respeitando aspectos que aparentemente são supérfluos. De acordo com Salia, a experiência mostra que as mulheres grávidas precisam de atenção reforçada durante o período do parto.
Por outro lado, é necessária muita segurança no equipamento utilizado nas salas de parto e acautelar outros aspectos que rodeiam o ambiente em que são feitos os partos.
Por exemplo, a directora considera que durante o parto algumas grávidas exigem o acompanhamento e presença do marido, tias ou outras pessoas mais queridas. Quando assim for é preciso satisfazer a vontade dessas mulheres.
“Estas iniciativas são acompanhadas por meios possíveis e necessários, o que decorre da própria realidade do país no que tange a meios humanos e materiais”, disse a directora.
É por esta razão que o Instituto Superior de Ciências de Saúde tem estado a formar técnicos especializados em saúde materna e infantil direccionados para os distritos visto que é lá onde mais problemas existem.
No entender da fonte, é preciso que haja, de forma efectiva, uma ligação entre o que se estuda na universidade e as necessidades de saúde das comunidades.
Aliás, a missão das jornadas é exactamente encorajar e incentivar a prática de actividades científicas no seio dos estudantes, em primeiro lugar, e nos docentes e demais participantes, em segundo ponto.
“Acreditamos que no final destas jornadas todos os participantes poderão perceber os benefícios sociais, económicos e culturais dos resultados da investigação com impacto na sociedade”, sublinhou ela.
No evento serão apresentados projectos de investigação relacionados com epidemiologia, saúde comunitária e doenças infecciosas, ciências sócio-sanitárias, prestação de cuidados de saúde, qualidade de formação em saúde bem como processo de ensino e aprendizagem.
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