10 maio 2010/Notícias
A mobilização de poupanças e o incremento da utilização dos serviços financeiros pelo sector privado pode contribuir para o crescimento das economias da região Austral de África, demasiado pequenas no contexto da produção e do comércio mundial. Esta é a tese defendida ontem em Maputo, pelo Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove quando falava na abertura da reunião semestral do Comité da SADC das Autoridades de Supervisão de Seguros, Mercados de Capitais e Instituições não Bancárias (CISNA).
7 maio de 2010/Notícias
Ernesto Gove sublinhou, igualmente, que as economias da região, para além de serem pequenas são também sensíveis aos choques exógenos, sejam os que decorrem de factores naturais adversos, como os induzidos por alterações conjunturais ou ainda das regras do comércio internacional.
É daí que segundo o Governador do BM, um engajamento efectivo de todos os membros, no quadro das responsabilidades do CISNA, é primordial com vista a fazer face aos desafios que se colocam no âmbito das iniciativas para o desenvolvimento, integração e estabilidade do mercado financeiro em cada um dos Estados membros.
Estas acções ganham maior importância no contexto da recente crise financeira e económica global que ensina a relevância de uma melhor regulamentação do sistema financeiro, a par da capacitação dos agentes reguladores, de forma a se assegurar não só a eficácia na mobilização de recursos para o investimento, como também a redução de riscos sistémicos, contribuindo, assim, para a estabilidade das economias da região Austral de África.
“Reconhecemos que a nível dos nossos Governos, esforços têm sido feitos na mobilização de fundos nacionais e estrangeiros para financiar os investimentos necessários para um crescimento sustentável, encarando isto como um desafio constante nos nossos países”, referiu.
A reunião de Maputo, junta mais de 70 representantes de Autoridades de Supervisão de Seguros, Mercados de Capitais e Instituições não Bancárias. O CISNA é resultado da vontade e determinação dos Governos da SADC na criação de condições para uma efectiva troca de experiências e cooperação no domínio da supervisão e regulamentação dos sectores de seguros e pensões, mercados de capitais e outras instituições financeiras não bancárias, tendo em vista o alcance dos objectivos da região.
É neste contexto, que Ernesto Gove entende que o CISNA deve contribuir para uma melhor regulamentação e aumento da cooperação entre os Estados membros, cobrindo áreas que incluem políticas prudenciais e de estabilidade dos sistemas financeiros; integridade nos mercados financeiros; avaliação do risco nos sistemas financeiros da região; supervisão e inspecções conjuntas baseadas no risco; programas conjuntos de reformas legislativas; e iniciativas de formação e desenvolvimento de centros de especialistas do sector a nível da região.
“Por isso, um engajamento efectivo de todos os membros, no quadro das responsabilidades deste Comité, é primordial com vista a fazer face aos desafios que se colocam no âmbito das iniciativas para o desenvolvimento, integração e estabilidade do mercado financeiro em cada um dos Estados membros”, disse Gove.
Acrescentou que estas acções ganham maior importância no contexto da recente crise financeira e económica global que nos ensina a relevância de uma melhor regulamentação do sistema financeiro, a par da capacitação dos agentes reguladores, de forma a se assegurar não só a eficácia na mobilização de recursos para o investimento, como também a redução de riscos sistémicos, contribuindo, assim, para a estabilidade das economias.
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