Boane (Moçambique), 12 maio 2010 (AIM) – As obras de construção do Centro de Investigação de Tecnologias Agrícolas de Umbeluzi, no distrito de Boane, província de Maputo, na zona sul de Moçambique, deverão estar concluídas em Setembro, próximo, para a inauguração ocorrer em Outubro.
Vasco Lino, director nacional de Investigação, Inovação e Transferência Tecnológica, no MInisterio da Ciencia e Tecnologia que revelou este facto hoje em Boane, a margem da vista do Vice-Governador da província chinesa de Hubei, Li Xian Sheng, ao local das obras, disse que o empreendimento esta orçado em seis milhões de dólares norte-americanos disponibilizados totalmente pela China.
Trata-se de uma iniciativa que se enquadra no âmbito do programa de cooperação China/Africa, que prevê a construção de um total de 10 centros de transferência tecnológica e troca de experiências na área de produção agrícola em diferentes países de africanos, sendo Moçambique o primeiro país beneficiário.
O empreendimento é composto por duas salas de aulas com capacidade para albergar 40 alunos cada, um internato, laboratórios de ensaio para a análise de doenças, fertilidade de solos entre outras matérias afins.
O centro, cujas obras tiveram início em princípios de 2009, ocupa uma área total de 56 hectares, sendo três para projectos e 53 para machambas.
Vasco Lino disse que este centro, que durante os primeiros quatro anos terá uma gestão mista para que os técnicos moçambicanos possam se familiarizar com o funcionamento deste tipo de centros, vai permitir a importação de algumas culturas da China para adaptação e colher espécies moçambicanas para analises e possível enriquecimento.
O centro vai providenciar formação a produtores moçambicanos em tecnologias agrícolas, numa primeira fase, vai trabalhar na investigação de cereais e vegetais para depois avançar para os animais e aves.
Para tal, segundo Lino, o programa, além das análises laboratoriais, vai contemplar o uso de sistemas de irrigação por aspersão, gota-a-gota, gravidade e Microsoft-Irrigation e ainda o sistema de produção em estufas, trabalhando com técnicos chineses e moçambicanos.
“O que se pretende é procurar formas de melhorar o rendimento naquilo que se tem”, garantiu Lino.
Em declarações a imprensa Li Xian Sheng, que está em Moçambique desde segunda-feira, manifestou a sua satisfação com o decurso das obras, tendo destacado que a obra vem reforçar cada vez mais os laços de cooperação existentes entre os dois países e povos.
Num outro desenvolvimento, Li Xian Sheng disse que a cooperação entre a China e Moçambique na área da agricultura está a trilhar um bom caminho e que no âmbito da gemelagem entre as províncias de Hubei e Gaza, está a ser implementado um projecto de produção de arroz que já está a dar frutos positivos.
Este projecto, que ocupa uma área de 35 hectares e providencia também a formação de produtores locais, esta já no seu segundo ano de implementação, está a produzir actualmente 10 toneladas de arroz por hectare, por ano, contra as sete produzidas nas áreas fora deste programa, facto que a fonte considera muito positivo.
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