4 de Maio de 2010/Vermelho http://vermelho.org.br
O governo quer aprovar nesta terça-feira (4) o projeto de lei que cria a Universidade Luso-Afro-Brasileira (Unilab). A informação foi dada pelo líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera o projeto muito importante “do ponto de vista político, quanto às relações com o continente africano e também por uma questão de justiça com os povos que foram escravizados durante séculos”.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em caráter terminativo, mas, como houve recurso, a proposta precisa ser votada pelo plenário da Câmara para só então ser encaminhada à apreciação do Senado. Segundo o líder, a intenção do presidente Lula é ter o projeto aprovado rapidamente também no Senado para que possa sancioná-lo em 15 dias, antes da chegada ao Brasil de uma delegação de chefes de Estado africanos.
Pelo projeto, a Unilab deve ser instalada em Redenção, no Ceará, primeiro município a libertar escravos no Brasil, em 1883. Mas o líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), quer que a Unilab seja instalada na Bahia, estado que recebeu grande influência da cultura africana. Por isso recorreu da decisão da CCJ. Um dos objetivos da universidade é promover intercâmbio cultural e de estudantes com o Continente Africano e incentivar estudos que tenham como foco o desenvolvimento de ciência e tecnologia.
O projeto de lei de sua criação foi enviado ao Congresso Nacional brasileiro em 20 de agosto de 2008. A Comissão de Implantação da Unilab foi empossada pelo Ministro da Educação Fernando Haddad em 14 de Outubro de 2008, presidida pelo Professor Paulo Speller, ex-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados aprovou em 13 de março de 2009 o Projeto de Lei 3891/08, do Executivo, criando a Unilab, com o objetivo de formar recursos humanos para desenvolver a integração entre o Brasil e os demais países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), especialmente os africanos.
Os cursos da Unilab serão ministrados preferencialmente em áreas de interesse mútuo do Brasil e dos demais países da CPLP, com ênfase em temas que envolvam formação de professores, desenvolvimento agrário, processos de gestão e saúde pública, entre outros.
A Unilab será voltada aos países da África mas inclui também Timor-Leste e Macau. Seu projeto político-pedagógico pretende ser ousado assim como o da Unila e o da Uniam, visando a integração internacional.
Segundo o professor Paulo Speller, presidente da Comissão de Implantação da Unilab. "No primeiro ano (2010), a Universidade terá 350 alunos, oriundos do Brasil e de outros países de língua portuguesa, como Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor-Leste". (Da redação, com informações da Agência Brasil)
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