8 agosto 2016, Opera Mundi
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Senador democrata criticou 'agenda social
de extrema-direita' do governo Temer e disse que EUA não podem ficar em
silêncio enquanto democracia no Brasil é atacada
Bernie Sanders, senador
por Vermont que foi pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido
Democrata, expressou nesta segunda-feira (08/08) sua “profunda preocupação” com
o processo de impeachment contra a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e
instou o governo dos EUA a se posicionar claramente sobre a questão e “apoiar
as famílias trabalhadoras do Brasil”.
Em comunicado
divulgado em seu site oficial, Sanders afirma que “para muitos brasileiros e
observadores o controverso processo de impeachment [contra Dilma] mais parece
um golpe de Estado” e
destaca a falta de diversidade no gabinete ministerial
imposto pelo vice-presidente no exercício da Presidência, Michel Temer. “Eles
[o governo interino] imediatamente substituíram uma administração diversa e
representativa com um gabinete formado inteiramente por homens brancos.”
“A nova e não-eleita
administração rapidamente anunciou planos de impor austeridade, aumentar as
privatizações e instalar uma agenda social de extrema-direita”, afirmou
Sanders, acrescentando que “os Estados Unidos não podem permanecer em silêncio
enquanto as instituições democráticas de um de nossos mais importantes aliados
são atacadas”.
“Temos que apoiar as
famílias trabalhadoras do Brasil e exigir que essa disputa seja resolvida com
eleições democráticas”, finaliza o senador democrata.
Opera Mundi contatou o Itamaraty pedindo uma posição do
governo interino de Temer sobre as declarações de Sanders e aguarda resposta.
“Estou profundamente preocupado com os atuais esforços
para destituir a presidente democraticamente eleita do Brasil, Dilma Rousseff.
Para muitos brasileiros e observadores o controverso processo de impeachment
mais parece um golpe de Estado.
Após suspender a primeira presidente mulher do Brasil
com argumentos duvidosos, sem um mandato para governar, o novo governo interino
extinguiu o ministério das mulheres, da igualdade racial e dos direitos
humanos. Eles imediatamente substituíram uma administração diversa e
representativa com um gabinete formado inteiramente por homens brancos. A nova
e não-eleita administração rapidamente anunciou planos de impor austeridade,
aumentar as privatizações e instalar uma agenda social de extrema-direita.
O esforço para destituir a presidente Rousseff não é
um julgamento legal, mas sim político. Os Estados Unidos não podem permanecer
em silêncio enquanto as instituições democráticas de um de nossos mais
importantes aliados são atacadas. Temos que apoiar as famílias trabalhadoras do
Brasil e exigir que
essa disputa seja resolvida com eleições democráticas.”
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