6 agosto
2016, Brasil 247 http://www.brasil247.com (Brasil)
O governo provisório de
Michel Temer está chegando ao fim; além da pesquisa Vox Populi que revelou que
apenas 17% dos brasileiros querem que ele fique até 2018 e da vaia de 105
decibéis registrada na abertura da Rio 2016, ele foi um dos principais nomes
delatados por Marcelo Odebrecht em sua colaboração premiada; Marcelo revelou
que, após uma reunião no Palácio do Jaburu, Temer, como vice-presidente da
República e presidente nacional do PMDB, pediu uma ajuda extra ao partido, que
foi entregue em dinheiro vivo: nada menos que R$ 10 milhões, dos quais R$ 4
milhões teriam sido entregues a Eliseu Padilha, braço direito do interino; o
restante foi doado ao caixa dois de outros candidatos.
247 – O governo provisório de Michel Temer está chegando ao
fim. Motivo 1: uma pesquisa Vox Populi, divulgada no sábado pela revista Carta
Capital, revelou que 79% dos brasileiros defendem sua saída (leia aqui). Motivo dois: Temer
recebeu ontem, na abertura da Rio 2016, uma das maiores vaias da história, que
atingiu 105 decibéis, mesmo tendo pedido para não ser citado na nominata das
autoridades presentes
(leia aqui). Motivo três, e mais
importante: o interino é um dos principais personagens da delação premiada de
Marcelo Odebrecht, maior empreiteiro do País, que começou a ser feita na última
quinta-feira.
De acordo com reportagem de Daniel Pereira (leia aqui), Temer, na condição
de vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, promoveu um
jantar com Marcelo Odebrecht, em que pediu ajuda extra para os candidatos do
partido. Marcelo concordou e doou nada menos R$ 10 milhões, via caixa dois, em
dinheiro vivo.
Desta montanha de dinheiro, R$ 4 milhões foram
entregues ao braço direito de Temer, Eliseu Padilha, que é o atual chefe da
Casa Civil. O restante foi doado a outras candidaturas, como a de Paulo Skaf,
presidente da Fiesp, que concorreu ao governo de São Paulo, em 2014.
Em nota, o interino confirmou o jantar, mas disse que
ele e o empresário conversaram “sobre auxílio financeiro da construtora
Odebrecht a campanhas eleitorais do PMDB, em absoluto acordo com a legislação
eleitoral em vigor e conforme foi depois declarado ao Tribunal Superior
Eleitoral”.
Em 2014, a Odebrecht repassou R$ 11,3 milhões ao PMDB,
mas Marcelo pretende provar que, além desses recursos, também doou outros R$ 10
milhões, via caixa dois, ao partido.
Eliseu Padilha também confirmou a negociação. “Lembro
que Marcelo Odebrecht ficou de analisar a possibilidade de aportar
contribuições de campanha para a conta do PMDB, então presidido pelo presidente
Michel Temer”, afirmou.
Além de Marcelo, outros 50 executivos da empreiteira
farão delações premiadas – o que deve implodir todo o sistema político
brasileiro.
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