21 agosto
2016, Jornal de Angola
http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)
DISCURSO DE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, PRESIDENTE DO MPLA, NO ENCERRAMENTO DO VII CONGRESSO ORDINÁRIO DO PARTIDO Luanda, 20 de Agosto de 2016
CAMARADAS DELEGADOS
DISTINTOS CONVIDADOS
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES
Terminou o VII Congresso Ordinário do MPLA. Agradeço o voto de confiança que os militantes do MPLA depositaram em mim, ao elegerem-me outra vez para dirigir os destinos do nosso Partido.
DISTINTOS CONVIDADOS
MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES
Terminou o VII Congresso Ordinário do MPLA. Agradeço o voto de confiança que os militantes do MPLA depositaram em mim, ao elegerem-me outra vez para dirigir os destinos do nosso Partido.
Prometo exercer o cargo de Presidente do Partido com alto sentido de
responsabilidade, com zelo e dedicação e cumprir e fazer cumprir com espírito
de missão as deliberações do Congresso.
Tivemos aqui cerca de três dias de trabalho intenso, que
nos conduziram
à aprovação dos documentos que contêm as orientações para as acções que vamos
realizar de aqui para frente. O conteúdo destes documentos tem uma qualidade
tão elevada, que é para nós motivo de orgulho.
O ambiente de trabalho foi de solidariedade, camaradagem e entreajuda. O
Partido reforçou a sua coesão interna e a sua unidade. Agradecemos às nossas
famílias, incluindo a minha em particular, pelo apoio nas horas difíceis e pela
compreensão pelos nossos momentos de ausência.
A família é verdadeiramente uma importante base de apoio e não basta
declarar que ela é o pilar da sociedade. É preciso definir políticas públicas e
adoptar medidas concretas para reforçar o seu papel e proteger as mais frágeis
e carenciadas.
É preciso prestar mais atenção a certos fenómenos que têm colocado em
causa valores morais, princípios éticos e virtudes em que assentam a nossa
sociedade, criando-se condições para corrigir comportamentos inadequados como a
falta de educação e a prepotência e proteger a honra, o respeito e a
dignidade que caracterizam a família angolana.
De facto, ao longo da sua existência, o MPLA levou a cabo acções para
impor o respeito pela família, para lutar contra o preconceito em relação à
mulher, a fim de a colocar em pé de igualdade com o homem, marcando a sua
presença massiva no ensino a todos os níveis, na Administração Pública, nas
Forças Armadas, na Polícia Nacional, no sector empresarial, nas organizações
sociais e em destacados cargos políticos, administrativos e de gestão.
Fomos felizes na aposta que fizemos para a promoção da mulher, mas ainda
há um grande caminho a percorrer para equilibrar a igualdade do género.
Lamentamos que as mulheres continuem a ser as principais vítimas da violência
doméstica e a fuga da paternidade.
A fuga à paternidade que prejudica fundamentalmente as crianças.
Precisa-se do amparo da Justiça para que tenhamos leis e regulamentos que
permitam ajudar a resolver estes graves problemas.
CAROS CAMARADAS
Desde os tempos difíceis da luta armada o MPLA sempre demonstrou a sua
preocupação com a formação de recursos humanos. Por essa razão, nos primeiros
anos a seguir à Independência foram estabelecidos vários acordos de cooperação
com outros países.
Vieram professores estrangeiros para os nossos estabelecimentos de
ensino e foram enviados para estudar no exterior milhares de jovens. Foram
assim formados milhares de quadros que hoje contribuem, com o seu saber e com a
sua experiência, para o desenvolvimento do país.
Nos 14 anos de paz, a construção de escolas foi também uma das nossas
prioridades, ao mesmo tempo que estendemos o ensino superior a todo o país. Em
cada província há já pelo menos um instituto superior.
Os números falam por si. Em 2002, tínhamos no ensino primário 1 milhão e
735 mil crianças. Hoje, temos 5 milhões e 400 mil crianças. No ensino secundário,
o número de alunos matriculados em 2016 é de cerca de 2 milhões e 500 mil.
No ensino superior, o número de estudantes era, em 2002, de 14 mil
estudantes, tendo passado para um total de 235.490 estudantes matriculados, em
2016. A extensão da educação é inegavelmente um dos principais ganhos da paz. O
ensino cresceu em quantidade e o nosso desafio agora é melhorar a sua
qualidade.
Temos de melhorar com urgência a formação dos professores, sobretudo no
ensino primário e no ensino médio. Melhorar a qualidade da formação dos
médicos, dos engenheiros, dos arquitectos e de todos os outros profissionais,
para que eles tenham a aptidão necessária para realizar as tarefas de
desenvolvimento.
Como no passado, é necessário ajustar também o conteúdo dos programas
para fazer dos estabelecimentos de ensino instituições capazes de ligar a
aquisição de conhecimentos teóricos à prática profissional, por forma a
estimular o desejo de empreender e contribuir para vencer a batalha do
desenvolvimento.
CAROS CAMARADAS
O Partido tem absoluta confiança nos jovens angolanos, acredita na sua
capacidade, no amor que têm à Pátria e no seu sentido de responsabilidade.
No que nos diz respeito, cabe-nos estimular e aproveitar da melhor
maneira o entusiasmo, a formação e a criatividade dos jovens e levá-los a
contribuir para a resolução dos problemas de cada um dos sectores em que
estiverem inseridos.
Cabe-nos também melhorar o diálogo entre as gerações e criar pontes para
uma transição baseada na qualidade, no bom senso, no empenho e no mérito. Temos
de cuidar dos jovens para garantir que estes cuidem bem do país no futuro.
CAROS CAMARADAS
O VII Congresso do MPLA adoptou a Moção de Estratégia do Líder, que
define o rumo a seguir para se construir um futuro melhor para Angola.
O que é que falta agora?
Agora falta trabalhar para realizar, com êxito, as 10 aspirações ou
desígnios dos angolanos, que constam da Moção de Estratégia e entre as quais
salientamos edificar um Estado Democrático e de Direito forte, moderno,
coordenador e regulador da vida económica e social e promover o desenvolvimento
sustentável, assegurando a inclusão económica e social, a estabilidade
macroeconómica e a diversificação da economia nacional, reduzindo as
desigualdades.
O MPLA está preparado para enfrentar os próximos desafios. Vai pedir ao
povo angolano que renove a confiança no MPLA, com vista a governar para todos e
a alcançar a prosperidade e o bem-estar para todos os angolanos.
A resolução geral que este Congresso acaba de aprovar tem o resumo do
que devemos fazer para conduzirmos o MPLA para as próximas vitórias, mas,
sobretudo, para continuarmos a ser fiéis aos princípios definidos nos nossos
programas, sobretudo no programa do MPLA, e continuarmos a ser coerentes e
capazes de levar à prática aquilo que prometemos, sermos responsáveis e sempre
honestos no cumprimento dos compromissos que assumimos diante do povo angolano.
Continuar a ser um partido sério, um partido de trabalho, um partido que
não foge as suas responsabilidades, não foge aos momentos difíceis por que
passa, sempre na certeza de que tem sabedoria, tem quadros capazes e tem força
para realizar aquilo que recebe como orientações, como desejos expressos pela
vontade de todos os cidadãos de Angola.
Ao sairmos deste VII Congresso ordinário do MPLA, com esta boa
disposição, com vontade de ir para frente e realizar os nossos objectivos
estratégicos e os objectivos imediatos também, eu quero pedir também contínua
lealdade aos princípios, aos objcetivos definidos pelo Partido, disciplina,
muita disciplina, força e respeito pelas orientações dimanadas dos órgãos
superiores, respeito na relação com o povo, com o cidadão, porque afinal nós
estamos aqui, muitas vezes em cargos de grande responsabilidade, porque somos
servidores, para servir a nação, para servir o povo, e não aproveitamos apenas
dos nossos cargos para nos servir.
VIVA O MPLA
VIVA O MPLA
DE CABINDA AO CUNENE UM SÓ POVO, UMA SÓ NAÇÃO
A LUTA CONTINUA
A LUTA CONTINUA
MPLA COM O POVO RUMO À VITÓRIA!
Estou a contar convosco.
VIVA O MPLA
DE CABINDA AO CUNENE UM SÓ POVO, UMA SÓ NAÇÃO
A LUTA CONTINUA
A LUTA CONTINUA
MPLA COM O POVO RUMO À VITÓRIA!
Estou a contar convosco.
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