segunda-feira, 5 de agosto de 2013

“Forte” procura da Índia e China relança indústria de diamantes angolana



5 agosto 2013, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China)

A indústria diamantífera angolana está a recuperar de uma recessão prolongada devido à “forte procura” da China e Índia, afirma a Economist Intelligence Unit.

“Os diamantes vão continuar a ser a segunda maior fonte de exportações, embora de pequena dimensão em comparação com as petrolíferas”, refere a EIU no seu relatório de Julho sobre
Angola.

Actualmente em torno de 8 milhões de quilates por ano, as exportações de diamantes deverão expandir-se nos próximos 2 anos “à medida que novas minas exploradas pela sul-africana De Beers e pela russa Alrosa iniciem produção”, adianta.

“A indústria diamantífera foi duramente atingida pela crise financeira global, quando o preço das pedras caiu a pique e várias empresas, incluindo o grupo mineiro australiano BHP Billiton, encerraram as operações em Angola”, refere a EIU.

Luanda foi palco recentemente de uma conferência para assinalar o centésimo aniversário das primeiras descobertas diamantíferas no país e para encorajar novos investimentos que, contudo, não foram anunciados.

Numa intervenção de fundo, o vice-presidente angolano Manuel Vicente sublinhou os termos favoráveis aos investidores contidos no novo código mineiro e anunciou que o  país planeia iniciar o polimento de diamantes e fabrico de jóias, para subir na cadeia de valor e criar mais empregos.

Em Junho, a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) e a russa Alrosa assinaram um acordo de desenvolvimento conjunto que envolve a prospecção e investigação de áreas diamantíferas.

Angola é actualmente o terceiro maior produtor de diamantes de África em quantidade e em valor, segundo a Associação dos Países Africanos Produtores de Diamantes (APAPD).

Quase metade das exportações de Angola já tem como destino a China, enquanto as vendas a outros grandes parceiros comerciais, como os Estados Unidos e a França, continuam a perder peso, de acordo com o banco português BPI.

Ao nível das exportações petrolíferas, 40% tem como destino a China e apenas 15% os Estados Unidos, levando mesmo alguns analistas a questionar se não será necessária uma maior diversificação.

O embaixador angolano na China, João Garcia Bires, afirmou recentemente em Macau que o governo de Angola está a analisar com o seu congénere da China a exportação de minérios angolanos, o que pode vir a “aumentar e diversificar” as trocas comerciais entre os dois Estados.

A EIU, por seu lado, prevê que as relações com a China continuem a aumentar “através de grandes acordos de comércio e investimento, particularmente petróleo, construção e agricultura”. (macauhub)

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