19
agosto 2013, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China)
O sector petrolífero de Angola vai
manter-se dinâmico nos próximos anos, com mais prospecção e produção, enquanto
o gás natural inicia o seu contributo para o crescimento económico, de acordo
com o banco português BPI.
O governo angolano pretende
aumentar a produção média de petróleo para 1,84 milhões de barris este ano,
mais 60 mil do que em 2012, mas os objectivos vão mais além, permitindo
contrariar uma pressão de baixa dos preços, segundo o mais recente relatório do
BPI sobre Angola.
“Nos próximos anos, o sector
permanecerá dinâmico, sendo objectivo da Sonangol aumentar a produção até 2
milhões de barris por dia em 2015, através da atribuição de licenças para a
prospecção de novos
campos petrolíferos”, refere o relatório assinado pelas
economistas Carmen Camacho e Paula Gonçalves Carvalho.
A Sociedade Nacional de
Combustíveis de Angola (Sonangol) anunciou recentemente que vai leiloar 54
blocos de gás e petróleo até 2014, em terra e no mar nas bacias do Congo,
Namibe e Cuanza, o que pode impulsionar de forma significativa o investimento
no sector.
O primeiro leilão, até final de 2013,
visa a exploração de 15 blocos em terra, 10 na bacia do Cuanza e 5 na bacia do
Congo.
Também relevante para o sector dos
recursos naturais foi a inauguração da produção de gás natural liquefeito em
Junho, actividade com potencial de exportação de 7,2 mil milhões de metros
cúbicos de gás, o equivalente a 7% da produção anual de petróleo.
Caso atinja a capacidade máxima
instalada, esta unidade poderá adicionar dois pontos percentuais ao PIB
angolano no primeiro ano de funcionamento, segundo cálculos do Banco Mundial.
A China National Offshore Oil
Corporation (CNOOC) recebeu a 18 o primeiro de dois carregamentos de gás
natural liquefeito (LNG) de Angola, num total de 155 mil metros cúbicos, tendo
o carregamento inicial tido como destino o Brasil.
A expansão do sector petrolífero e
do gás, a par de um aumento do consumo privado e execução do programa de
investimento público em infra-estruturas, que permitirá acréscimos na
construção, produção de energia e transportes, sustenta as actuais previsões de
crescimento do PIB angolano em 2013.
Estas variam entre 6,2% do FMI,
7,2% do Banco Mundial e 8,2% da OCDE. (macauhub)
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