O presidente Armando Guebuza
afirmou em Lilongwe que a Sadc considera as infra-estruturas como vitais para o
desenvolvimento e para a atracção do investimento.
Falando à imprensa malawiana,
Guebuza destacou que a transformação da Sadc num verdadeiro bloco económico
exige infra-estruturas funcionais e integradas.
A Sadc estima em sessenta e cinco
mil milhões de doláres o investimento que será aplicado em infra-estruturas nos
próximos cinco anos e em quatrocentos mil milhões de doláres para os próximos
quinze
anos visando acelerar o seu plano-director 2012/2027.
Concebido para um horizonte de
quinze anos, o plano prevê o desenvolvimento de infra-estruturas em vários
domínios, incluindo energia, transporte, tecnologias de comunicação e
informação, meteorologia, água e turismo.
Na sua qualidade de Presidente da
Sadc, Armando Guebuza recordou a conferência realizada em Maputo para a
atracção de investimentos em infra-estruturas dado seu papel preponderante para
a complementaridade das economias da região.
Armando Guebuza encontra-se desde
ontem em Lilongwe para participar na cimeira da Sadc, a ter lugar este
fim-de-semana.
Guebuza que amanhã termina o seu
mandato como presidente em exercício da Sadc, vai dirigir hoje a reunião da
Troika da organização.
A Troika da Sadc é composta pela
Tanzania, que actualmente preside o órgão de cooperação nas áreas de política,
defesa e segurança, bem como pela África do Sul e Namíbia.
A Comunidade de Desenvolvimento da
África Austral sonha igualmente com moeda única na região, mas o processo
deverá levar muitos anos antes da sua concretização.
Por outro lado, o Malawi,
Moçambique e Zâmbia fazem manchete hoje na sequência de um acordo assinado com
o Banco Mundial para a concessão de trinta milhões de doláres destinados a
investigação agrária nos três países.
Válido por cinco anos, o acordo foi
assinado ontem pelo ministro malawiano das finanças Ken Lilpenga e pela
representante do Banco Mundial no Malawi Laura Kullenberg.
Malawi, Moçambique e Zâmbia são
também motivo de destaque na imprensa, mas desta feita sobre o projecto de
navegabilidade dos rios Chire e Zambeze.
O governo de Lilongwe anunciou que
a navegabilidade daqueles rios ainda figura na lista das prioridades e prometeu
que até finais do próximo ano Malawi e Moçambique ficarão a saber se são ou não
navegáveis.
Neste momento estão disponíveis
três milhões e meio de doláres para a realização do estudo de viabilidade
ambiental, conforme exige o governo moçambicano.
O projecto envolve três países da
Sadc, nomeadamente, Malawi, Moçambique e Zâmbia.
Por Faustino Igreja, em Lilongwe
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