25 agosto 2013, ODiário.info
http://www.odiario.info (Portugal)
Neste
comunicado o Conselho Português para a Paz e a Comunicação denuncia a presente
manipulação em curso que sem apresentar provas – como, entre outras muitas
mentiras, fez com a invasão do Iraque –, tenta responsabilizar o governo sírio
pela utilização de armas químicas.
A direcção nacional do Conselho
Português para a Paz e Cooperação expressa a sua preocupação com a mais recente
proliferação de relatos sobre eventuais usos de armas químicas na Síria e
manifesta a fraternal solidariedade com o povo sírio que enfrenta uma grave e
prolongada situação de agressão.
Usando esse argumento como
pretexto, as ameaças contra a Síria voltaram a subir de tom por parte dos
mesmos que alimentam este conflito e tentam dividir o povo sírio, o que
relembra a campanha internacional de mentiras, que foi desenvolvida contra o
Iraque
e a sua possível posse e utilização de armas de destruição massiva, para
justificar a sua invasão pelos EUA e seus aliados.
No plano internacional, várias
organizações estão a chamar a atenção para a falta de credibilidade das ditas
“provas irrefutáveis” apresentadas sobre a utilização de armas químicas, por
parte das forças governamentais.
Mais uma vez, importa recordar que
a CNN noticiou, em Dezembro de 2012, que os EUA estavam a usar mercenários e
forças especiais para treinar grupos da “oposição” no manuseamento de armas
químicas e que houve a apreensão de gás sarin pela polícia turca, o qual estava
em posse de um grupo afiliado à Al-Qaeda que se dirigia para a Síria.
Neste contexto, o CPPC lamenta que
certa comunicação social não tenha em conta o embuste em que caiu aquando da
preparação da invasão do Iraque e apela, no espírito e respeito da Carta das
Nações Unidas, ao diálogo, à negociação e à diplomacia para a resolução
pacífica dos conflitos na região. De igual forma, reafirma que todos os povos,
incluindo o da Síria, têm o direito a viver em paz e em democracia e a
determinar o seu presente e futuro, livres de quaisquer ingerências e de acordo
com as suas decisões soberanas.
Lisboa 22 de Agosto de 2013
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