12 agosto 2013, Macauhub
http://www.macauhub.com.mo (China)
Os activos da banca angolana
dispararam quase 50% entre 2010 e 2012, com o BESA a disputar com o BAI a liderança
nos activos totais, embora os lucros tenham recuado no último ano.
Segundo dados da PwC divulgados
pelo jornal angolano Expansão, os activos totais do sector bancário de Angola
subiram de 4.308 mil milhões de kwanzas para 6.301 mil milhões de kwanzas,
entre 2010 e 2012.
Enquanto o crédito subiu 1.000 mil
milhões de kwanzas no período, os depósitos escalaram quase 1.400 mil milhões
de kwanzas.
No ano passado, os lucros totais do
sector recuaram de 145 mil milhões de kwanzas para 100 mil milhões de kwanzas,
o que é atribuído ao aumento do crédito mal parado, que “obrigou ao reforço de
provisões”, tendo passado de 2,4% para 6,8%.
Em termos de activos, em 2012 os
principais bancos eram o BAI (1.036 mil milhões de kwanzas) e o cada vez mais
próximo BESA (998 mil milhões de kwanzas), bem à frente de BPC, BFA e BIC.
Em termos de lucros, o destaque vai
para o BFA, que alcançou no ano passado 21 mil milhões de kwanzas, BAI (17 mil
milhões de kwanzas) e BIC (16 mil milhões de kwanzas), o único entre os maiores
que conseguiu aumentar o resultado líquido em 2012.
O Expansão revela ainda uma lista
dos principais accionistas da banca angolana, em que se destacam nomes como
Agostinho Durães Rocha (31% do BANC), António Carlos Sumbula (34% do VTB),
Carlos da Silva (18%do BPA), Fernando Teles (20% do BIC), Kundi Paihama
(41,5%do BANC).
Entre os accionistas de várias
instituições estão António Mosquito, que detém 20% do BCH, 12% do BCGTA e
2,92% do Sol.
Sebastião Bastos Lavrador detém
participações de cerca de 5% no BCH e BIC, além de 10,42% do Sol, enquanto
Valdomiro Dondo tem 20% do BCH e 6,76% do BNI.
Na lista dos “superbanqueiros”
aparece ainda Mário Moreira Palhares, com 28,28% do BNI e 5% do BAI.
A Global Pactum, participada pelo
grupo Geocapital, detém 61,01% do BPA e 5% do BMA, enquanto BPA e BMA detêm
participações cruzadas, caso único na banca angolana.
O Estado participa directamente em
3 bancos e indirectamente em 9, nomeadamente através da petrolífera Sonangol, a
maior empresa de Angola.
Segundo o Expansão, a nova lei
cambial para o sector petrolífero vai conduzir a alterações de vulto na banca
angolana, incluindo a entrada de grandes bancos estrangeiros, mais fusões e
aquisições entre os atuais actores, aumentos de capital e mais concorrência.
Dados da consultora norte-americana
Boston Consulting Group indicam que o sector petrolífero angolano movimenta
anualmente 73 mil milhões de dólares. Dos quais apenas mil milhões de dólares
circulam no sistema financeiro angolano.
O novo regime obriga as petrolíferas
a efectuar pagamentos relacionados com a sua actividade através de bancos
nacionais e autoriza pagamentos em moeda estrangeira apenas a não residentes.
O governador do banco central, José
de Lima Massano, afirmou que “É expectável a dinamização do mercado
interbancário, o aparecimento de produtos de protecção de risco cambial,
incluindo de negociação de taxas de câmbio futuras, dando-se maior segurança
aos agentes económicos, sobretudo os envolvidos em operações de comércio
externo ou em fase de investimento com recurso a aquisição e instalação de
equipamento ao exterior”.(macauhub)
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