sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Moçambique/Governo defende diversificação das relações diplomáticas



22 agosto 2013, Portal do governo http://www.portaldogoverno.gov.mz (Moçambique)

Dushanbe (AIM) – O Primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, disse quinta-feira em Dushanbe, capita do Tajiquistão, que o governo defende a diversificação da cooperação com outros países do mundo, desde que esta seja para benefício mútuo.

“Para nós, Moçambique, quanto mais diversificadas forem as fontes de cooperação, quanto mais oportunidades nós abrirmos, por exemplo, para áreas como a formação de quadros, para novas oportunidades empresariais para os moçambicanos e oportunidades de crescimento,
nós estamos abertos a isso e temos ânsia em relação a isso”, disse Vaquina.

O Primeiro-ministro falava em conferência de imprensa que marcou o fim da sua participação na Conferência Internacional de Alto Nível Sobre Cooperação no Domínio das Águas, cuja sessão de encerramento teve lugar quarta-feira, em Dushanbe.

Estas declarações surgem em resposta a uma pergunta sobre o grande interesse demonstrado pelo Tajiquistão de estabelecer relações diplomáticas e cooperar com Moçambique, e que foi manifestado durante os encontros bilaterais, a margem da Conferência sobre Águas, mantidos com o Presidente, Primeiro-ministro e ministro dos negócios estrangeiros deste país da Ásia Central.

O governante moçambicano afirmou que se pode “presumir que o Tajiquistão sendo um país agrícola, com uma grande experiência na área de geração de energia hidroeléctrica, sendo um país em vias de desenvolvimento e não tendo relações estabelecidas com Moçambique esteja interessado em internacionalizar as suas relações não apenas na região mas também em África”.

Aliás, Vaquina teve o privilégio de ser o primeiro dirigente africano a seu nível e de Chefes de Estado a pisar o solo do Tajiquistão desde que este país adquiriu a sua independência da extinta União Soviética em 1991.

Convidado a comentar sobre esta coincidência, Vaquina disse “oxalá façamos tudo para que essa coincidência represente vantagens na cooperação (entre os dois países) … Oxalá nós os moçambicanos e os tajiques sejamos conjuntamente capazes de transformar essa coincidência numa verdadeira vantagem para a nossa cooperação com vantagens para seus povos”.

Vaquina assegurou que o governo moçambicano tudo fará para o rápido estabelecimento de relações diplomáticas com o Tajiquistão, de forma a materializar a cooperação nas áreas já identificadas, que inclui a formação profissional de moçambicanos, algo que foi manifestado pelo governo do Tajiquistão durante os encontros bilaterais.

Sobre a Conferência, principal objectivo da deslocação ao Tajiquistão, Vaquina descreveu o evento como tendo sido muito positivo e produtivo, pois o mesmo permitiu partilhar a experiência moçambicana com outros países e vice-versa.

“Também sublinhamos a importância da gestão da água tendo em conta a existência de rios e bacias que atravessam vários países, bem como a necessidade de nos prepararmos hoje olhando para o facto de a água ser um recurso estratégico para que amanhã não seja um factor de conflito, sobretudo nas regiões com bacias hidrográficas partilhadas”.

A delegação moçambicana também apresentou os desafios que o país enfrenta, incluindo o facto de ainda não ter sido possível atingir uma cobertura universal.

Segundo o governante, isso deve-se, em parte, a dispersão da população, bem como a necessidade de edificar infra-estruturas destinadas a garantir uma melhor gestão da água no tempo das chuvas e durante a estiagem.

Na manhã de hoje, os participantes da Conferência, incluindo o Primeiro-ministro moçambicano visitaram barragem de Nurek, localizada a cerca de 70 da capital. Esta é a maior barragem do Tajiquistão, e uma das maiores da região.

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