quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Moçambique/Banco central confiante em crescimento de 7 por cento para 2008

Maputo, Moçambique, 11 setembro 2008 - A economia de Moçambique deverá este ano atingir o crescimento previsto de 7 por cento apesar do aumento dos preços dos combustíveis e dos produtos alimentares, afirmou quarta-feira em Maputo o porta-voz e administrador do Banco de Moçambique.

Na apresentação da conjuntura económica nacional do primeiro semestre de 2008, Valdemar de Sousa disse que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se situou em 6,7 por cento naquele período.

No período homólogo de 2007, o PIB esteve abaixo dos sete por cento previstos, recordou Sousa, o que faz prever que “será possível terminar o ano sem desvios relativamente ao nível do crescimento económico planeado”.

Anteriormente, o BM indicara um crescimento de 3,5 por cento no primeiro trimestre deste ano, contra cerca de 10 por cento no período homólogo de 2007, como reflexo de uma conjuntura internacional adversa (desde 2000 que a economia não crescia abaixo de 7,0 por cento).

O banco aponta o dedo ao "mau momento da economia mundial" e, sobretudo, à factura da importação de combustíveis, que subiu de 2634 milhões de meticais nos primeiros seis meses de 2007 para 5124 milhões de meticais no período homólogo deste ano, afectando o Orçamento de Estado no equivalente a 0,7 por cento do PIB até Dezembro.

A generalidade dos observadores tem dado como certa uma acentuação em 2008 da travagem do crescimento do PIB, depois do recorde de 2006 (mais 8,5 por cento), e dos 7,0 por cento do ano passado.

Moçambique tem nos serviços (sobretudo comércio, transportes e comunicações) o maior motor da economia, contribuindo com mais de metade do PIB, que ronda 220,15 mil milhões de meticais.

De acordo com as estatísticas apresentadas pelo banco central moçambicano, o país teve uma inflação acumulada abaixo de 4,8 por cento, de Janeiro a Agosto do ano em curso.

A meta das autoridades moçambicanas é chegar a Dezembro com uma taxa de inflação abaixo de 10 por cento, situação que dependerá da flutuação dos preços, principalmente durante a quadra festiva.
(macauhub)

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