[ADITAL] Agência de Informação Frei Tito para a América Latina
16 setembro 2008 www.adital.com.br
Reunidos na cúpula da União Sul-americana de Nações (Unasul) ontem (15), os presidentes e representantes governamentais de nove Estados da América do Sul declararam pleno respaldo ao governo de Evo Morales. Em discurso, a presidente pro-témpore da Unasul, Michelle Bachelet, afirmou que a reunião havia sido tensa, mas muito frutífera e que a entidade tinha ficado mais consolidada. Povos indígenas latino-americanos também se pronunciaram em favor do presidente boliviano.
Na Declaração de La Moneda, os líderes sul-americanos fizeram um chamado para que todos os atores políticos e sociais envolvidos nos conflitos bolivianos tomem medidas necessárias a fim de que cessem imediatamente os atos de violência no país. O documento, aprovado por unanimidade por todos os países membros da Unasul, expressa rechaço a qualquer golpe civil ou à ruptura da ordem constitucional que comprometa a integridade territorial da Bolívia.
Os Estado condenam ainda o ataque às instalações governamentais e à força pública por parte de grupos que buscam a desestabilização da democracia boliviana, exigindo a rápida devolução dessas instalações como condição para iniciar um processo de diálogo. No documento, há destaque para o massacre ocorrido no departamento de Pando. Os presidentes concordaram com o chamado realizado por Evo Morales para que uma comissão da Unsaul possa realizar uma investigação imparcial sobre os fatos.
Além disso, os mandatários instam a todos os membros da comunidade boliviana a preservar a unidade nacional e a integridade territorial do país. Na reunião, foi criada uma comissão de apoio e de assistência ao Governo da Bolívia em função se seus requerimentos incluindo recursos humanos especializados. Eles concordaram também em criar uma comissão aberta a todos seus membros coordenada com a presidência boliviana para acompanhar os trabalhos da mesa de diálogo com os opositores.
Em comunicado, os povos indígenas da Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Chile e Argentina, que integram a Coordenação Andina de Organizações Indígenas (CAOI), também se solidarizaram com o povo boliviano e rechaçaram o "golpismo fascista" contra o governo constitucional de Evo Morales. O Conselho Nacional Aymara de Malkus y T’allas declararam ser contra o sacrifício de vidas humanas, a destruição de bens públicos e a destruição do governo democrático.
No dia 13 de setembro, reunidos no IX Festival Internacional de Cinema e Vídeo dos Povos Indígenas e no VI Encontro Internacional de Cinema e Comunicação Indígena, os povos indígenas realizaram um pronunciamento sobre a situação boliviana:
"Afirmamos nossa solidariedade e compromisso com o processo de mudança e de transformação política, econômica e social que se desenvolve na Bolívia, como a maioria dos setores da população que está em luta por uma vida melhor".
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=35044
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