Maputo, Moçambique, 18 setembro 2008 - A produção de gás natural nos jazigos de Pande e Temane, em Inhambane, sul de Moçambique, duplicou desde que a sua exploração foi iniciada em 2004, anunciou quarta-feira em Maputo o vice-ministro da Planificação e Desenvolvimento.
Victor Bernardo disse que a produçao de gás aumentou de 53 milhões de gigajoules no primeiro ano de actividade para 104 milhões em 2007 e acrescentou que no primeiro semestre do ano a produção nas duas áreas atingiu 68 milhões de gigajoules.
A exploração e transporte de gás natural das jazidas “on-shore” de Pande e Temane foi entregue em 2004, por 25 anos, à petrolífera sul-africana Sasol.
Nesse ano foi inaugurado um gasoduto com 860 quilómetros de extensão ligando os poços em Moçambique à região industrial sul-africana de Secunda, um investimento de 1,2 mil milhões de dólares.
A maioria das acções do empreendimento que gere o gasoduto é detida pela Sasol, tendo o Estado moçambicano, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), reservado para si uma posição de 14 por cento (dos 25 por cento disponíveis para accionistas moçambicanos).
A fundição de alumínio Mozal, a empresa Fosforeira, a Cimentos de Moçambique e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) são os principais clientes moçambicanos da Sasol.
Na ausência de indicações conclusivas sobre a existência de petróleo em Moçambique (existem algumas empresas em prospecção no centro e norte do país), as autoridades moçambicanas têm-se concentrado em explorar as reservas comprovadas de gás natural e viabilizar a pesquisa em áreas onde se supõe existirem jazidas.
Na semana passada, a ministra dos Recursos Minerais moçambicana, Esperança Bias, anunciou o início em breve da pesquisa de gás natural na bacia de Búzi (centro), depois de este bloco de pesquisa ter sido concessionado à empresa pública moçambicana ENH.
Paralelamente, a Sasol iniciou trabalhos de abertura de dois a três furos em águas profundas para prospecção e pesquisa de novas reservas de gás natural nos distritos de Machanga (província de Sofala, centro) e Vilanculo (Inhambane, sul), na costa este do arquipélago de Bazaruto, com uma área total de 11 mil quilómetros quadrados. (macauhub)
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