16 setembro 2008/Notícias
Um Museu de Pesca, o primeiro a nível do Continente Africano, vai ser construído em Maputo, numa iniciativa do Ministério das Pescas, que conta com a parceira do Reino da Noruega.
O projecto foi apresentado e discutido ontem, na capital do país, no âmbito do seminário de auscultação e divulgação sobre o papel e o mandato do Museu das Pescas, evento que, além de representantes dos governos de Moçambique e da Noruega, contou com a participação de museólogos, arquitectos e representantes de instituições afins.
Cássimo Marojo, gestor do projecto, disse, à margem do seminário, que as obras poderão arrancar entre os meses de Março e Abril de 2009, podendo a inauguração ocorrer entre os próximos dois a três anos.
Segundo a mesma fonte, o edifício principal do museu será erguido junto do Porto de Pesca e uma outra componente será na Catembe, onde se pensa, igualmente, na construção de uma réplica de uma aldeia de pescadores.
É ideia dos promotores da iniciativa a recuperação e preservação das técnicas e teconologias de pesca utilizadas ao longo dos séculos no país. Segundo a fonte, há muito património histórico perdido, mas que ainda é possível recuperar.
`Se não construirmos este museu, corremos o risco de perder a riquissíma história sobre a actividade de pesca, as tecnologias e as técnicas que foram utilizadas ao longo dos séculos´, disse Cássimo Marojo, acrescentando que, com a cooperação com a Universidade Eduardo Mondlane, através do Arquivo Histórico de Moçambique, é possível recuperar parte dessa história.
Revelou que o trabalho de investigação para a recuperação de algum material histórico vai custar cerca de 100 mil dólares e poderá durar cerca de dois anos.
Falando ainda sobre o valor do museu, Cássimo Marojo, disse, a título de exemplo, que os visitantes terão a oportunidade de conhecer a história da caça de baleia na Baía de Maputo e na região de Linga-Linga, na província de Inhambane.
Será ainda possível levar ao conhecimento público dos artefactos usados pelos mais de 100 mil pescadores que desenvolvem actividades na costa moçambicana, a qual tem mais de 2500 quilómetros.
A construção de um museu desta natureza em Maputo reveste-se de grande significado não só para o país, como para o Continente Africano, pois, apesar do grande potencial que o continente possui na área, não existe um único museu do género.
Assim, segundo fontes do Ministério das Pescas, Moçambique poderá tornar num dos destinos preferenciais para os pesquisadores, investigadores e turistas apreciadores da matéria.
Dados disponíveis indicam que o Continente Africano tem um potencial marinho quase que inexplorado, facto que faz com que novas pesquisas descubram cerca de seis novas espécies por ano.
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