domingo, 24 de agosto de 2014

Moçambique/PR NO SEU ÚLTIMO INFORME À NAÇÃO: Cumprimos a nossa missão

23 agosto 2014, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz  (Moçambique)

“Ao lançarmoS as bases estruturais para o contínuo desenvolvimento da nossa Pátria amada, cumprimos a nossa missão: a missão de luta contra a pobreza, colocando Moçambique na rota da construção e do bem-estar”.

Foi assim que o Presidente da República, Armando Guebuza, se pronunciou ontem na Assembleia da República, no seu último Informe sobre o Estado Geral da Nação, apresentado na qualidade de Chefe do Estado.

O documento, de 59 páginas, procurou fazer uma radiografia dos quase dez anos de governação de Armando Guebuza. Nele, o Chefe do Estado destacou
o facto de a sua governação ter sido orientada por dois planos quinquenais, sufragados nas eleições de 2004 e 2009 e aprovados pela Assembleia da República.

Destes dois documentos orientadores, Guebuza destacou, exactamente, dez desafios para ilustrar o desempenho que obteve enquanto Chefe do Estado. Trata-se da elevação da auto-estima do moçambicano; consolidação da unidade nacional, da paz e da reconciliação nacional; formação do capital humano; promoção do bem-estar da juventude; combate aos obstáculos ao desenvolvimento; construção e reabilitação de infra-estruturas sociais e económicas; viabilização do distrito como pólo de desenvolvimento; reforço dos determinantes do Estado de Direito Democrático e o reforço da cooperação internacional.
Na sua intervenção de mais de duas horas e meia, interrompida diversas vezes pelos aplausos da bancada da Frelimo e dos membros do Governo ali presentes, Guebuza esmiuçou cada um destes temas, tendo depois concluído que o país, efectivamente, deu passos significativos na luta contra a pobreza e os resultados estão visíveis para todos.
  
“Liderámos o nosso maravilhoso povo a compenetrar-se do facto de que o direito de não ser pobre, como o direito inalienável à Independência Nacional, é um dos direitos fundamentais do Homem e nenhum moçambicano deve ter medo de ser rico”, disse.

Acrescentou que em muitos cantos do país muitos cidadãos anónimos, com visão ofuscada pelo espírito de mão-estendida e pelo hábito de culpar terceiros pela sua situação, tornaram-se empreendedores, com auto-estima, determinação e clareza de que vão e estão a vencer a sua pobreza e a criar o seu bem-estar e a melhorar as condições de vida de outros moçambicanos.

“Na realidade são muitos os exemplos de cidadãos que passaram de proprietários de bicicletas para donos de motorizadas e viaturas, de oficinas e de lojas de venda de sobressalentes ou de diferentes bens e mercadorias; são muitos os moçambicanos que de donos de casas de pasto passaram a prósperos donos de motéis, pensões, hotéis ou salas de conferências; são muitos os produtores agrários moçambicanos de pequena dimensão que transitaram para produtores com áreas mais extensas, maior produtividade e diversidade de actividades agrárias, comerciais e sociais; nos centros urbanos e nas zonas rurais vemos como a qualidade de vida do nosso povo está a mudar para melhor, através da nova matriz de lazer, de produtos e de serviços que demanda”, defendeu o Presidente da República na sua avaliação sobre o Estado da nação.

Para Guebuza, Moçambique também mudou a sua paisagem nestes quase dez anos da sua presidência, com investimentos e obras que se sucedem todos os dias e por todos os lados, que estão a mudar as condições de vida e de bem-estar do nosso povo. “Na realidade, em muitos espaços geográficos as casas de caniço, pau-a-pique e adobe estão a ceder o seu espaço a casas de alvenaria, nas quais despontam caleiras e cisternas e melhores condições de higiene e saneamento. Casas espaçosas e espaçadas e com janelas e divisões amplas salpicam novos bairros deste nosso belo Moçambique, nas zonas rurais e nas zonas urbanas.

Segundo o Presidente, ao fim destes quase dez anos, é gratificante sentir que contribuiu para despertar em cada um dos nossos compatriotas a consciência e a convicção de que os moçambicanos serão os heróis da sua libertação da pobreza, como foram contra a dominação estrangeira.

“Por isso, distintos deputados, através destes dez desafios e pela forma como os superámos, podemos proclamar para a Nação e para o Mundo que, ao lançar as bases estruturais para o contínuo desenvolvimento da nossa Pátria Amada, cumprimos a nossa missão”, sublinhou para depois fechar a sua intervenção com agradecimentos em torno da colaboração que teve, de todos, para o sucesso da sua missão como terceiro Chefe do Estado moçambicano.
    

Mussa Mohamed

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