quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Moçambique/Num encontro em Maputo: CPLP e China aprofundam cooperação empresarial

(Moçambique)

O Grupo de Países falantes da Língua Portuguesa e a China continuam à busca de mecanismos para o aprofundamento da cooperação económica e empresarial. Para o efeito, empresários dos dois blocos estão reunidos desde ontem em Maputo, em mais um encontro enquadrado nas festividades do jubileu da Feira Internacional de Maputo -- FAC IM.

Dados disponíveis, indicam que o comércio entre os Países de Língua Portuguesa e a China cifrou-se em 2013, em 131,46 biliões de dólares, um acréscimo anual de 2,31 porcento.

Ao longo dos 12 meses, a China exportou para os oito Países de Língua Portuguesa bens no valor de 43,98 mil milhões de dólares (mais 7,124 porcento) e importou mercadorias no montante de 87,48 mil milhões de dólares
(mais 0,04 porcento), assumindo um défice comercial de 43,5 mil milhões de dólares.

O comércio entre a China e Moçambique atingiu, no ano passado, 1,64 mil milhões de dólares, (mais 22,60 porcento), com os chineses a venderem aos moçambicanos produtos no valor de 1,19 mil milhões de dólares (mais 27,12 porcento) e a comprarem bens cujo valor ascendeu a 451 milhões de dólares (mais 12,02 porcento).

Sem se referir a números, o Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina considera que o maior desafio é continuar a melhorar a cooperação económica e empresarial entre os dois blocos.
Aliás, segundo sustentou “esta plataforma é uma manifestação da determinação dos referidos países na busca conjunta de soluções para a melhoria do ambiente de negócios, base fundamental para a atracção do investimento necessário para o desenvolvimento da economia dos nossos países”.
   
Vaquina considera que os encontros empresariais entre os países de Língua Portuguesa constituem um fórum privilegiado para o aprofundamento das relações entre os povos, assentes na promoção e difusão da Língua Portuguesa, língua esta que por sua vez serve de veículo para a cooperação nos domínios político, económico, social e cultural.

“Com a República Popular da China temos tido uma cooperação profícua e os nossos laços tem-se consolidado cada vez mais através de Macau, tornando a China e os Países de Língua Portuguesa mais próximas, pois partilham uma história, tradições, cultura e anseios de certa maneira comuns”, indicou.

Refira-se que para além de Moçambique e China fazem parte deste fórum, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Portugal e Timor Leste.

Com o Brasil, o principal parceiro comercial da China em termos mundiais, as trocas comerciais atingiram em 2013, 89,85 mil milhões de dólares, mais 5,11 porcento em termos homólogos, tendo o Brasil vendido mercadorias no valor de 53,66 milhões de dólares e adquirido bens no montante de 36,18 mil milhões de dólares, com variações positivas de 3,09 porcento e 8,27 porcento, respectivamente.

Angola manteve o segundo lugar no comércio dos oito de língua portuguesa com a China, com trocas comerciais de 35,91 mil milhões de dólares (menos 4,24 porcento) e compras da China no valor de 31,94 mil milhões de dólares (menos 4,51 porcento) e vendas a Angola no montante de 3,96 mil milhões de dólares (menos 1,96 porcento).

Portugal surge no terceiro desta lista com trocas comerciais de 3,90 mil milhões de dólares (menos 2,78 porcento), compras chinesas de produtos no valor de 1,40 mil milhões de dólares (menos 7,68 porcento) e vendas, igualmente chinesas, de 2,50 mil milhões de dólares (mais 0,19 porcento).


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