27 outubro 2014, Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br (Brasil)
Caracas (Prensa Latina) O arranque do curso escolar 2014-2015 em
Venezuela mostrou às salas com seus habituais moradores, meninos e adolescentes
de todo o país, mas também a milhares de adultos empenhados em superar no
acadêmico, e sobretudo no humano.
Assim o confirmou em Caracas Ramona Alvarado, do estado de Mérida,
quem atingiu o nível primário do ensino graças à Missão Robinson II, mas não se
sentiu satisfeita.
"Segui com a Ribas (que se graduou de bacharel) e agora estou
com a Missão Sucre (ensino universitário)", disse
à imprensa visivelmente
emocionada durante o ato comemorativo dos 11 anos desse último programa social,
obra do falecido presidente Hugo Chávez.
Enquanto, Martín Briceño, do estado de Táchira, relatou que esteve
na Missão Robinson II, em Missão Ribas e hoje é estudante de Mecânica na Sucre,
motivado por Chávez, afirmou e realçou: "Estou estudando para sair a
frente e sou um dos melhores estudantes".
Ante esses depoimentos, o próprio presidente da República, Nicolás
Maduro, considerou que os peculiares palestrantes eram milagres viventes, como
os diversos projetos sociais, que permitem converter a Venezuela em uma escola.
Novas concepções
Para o dignitário, a Missão Sucre é a maior Universidade que tem a
nação sul-americana como instituição docente e confirmou que até a data em mais
de mil 300 sedes comunitárias se envolveram mais de 620 mil pessoas entre
estudantes e formados.
No entanto, alertou a respeito de que os graduados nesse nível não
podem ficar só com o título e que é vital seguir aprofundando nas áreas do
conhecimento e gerar uma simbiose entre trabalho e estudo.
Nesse sentido, adiantou a necessidade de impulsionar estudos de
post graduação e especialização; ao mesmo tempo em que dispôs a criação da
carreira de Engenharia Agroalimentar, com o objetivo de fortalecer a soberania
alimentar.
A Missão Sucre, criada por Chávez em 8 de setembro do 2003,
complementa-se agora com novos planos de emprego e do trabalho produtivo.
Ao respeito, Maduro comentou que deveria ser obrigatório para os
estudantes que ao lado da tese tenham que apresentar um projeto de trabalho e
que por um lado receba seu título acadêmico, e por outro, seu emprego.
Propôs também integrar a Sucre com as milhares de Bases de Missões
Socialistas em todo o país, a fim de promover projetos sociais e produtivos no
território nacional.
Assimilar como servidores públicos à maior quantidade de graduados,
conformar um banco de dados com as necessidades trabalhistas do setor privado e
impulsionar projetos sócio produtivos parceiros a essa missão também destacam
entre outras prioridades.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura, Venezuela é o quinto país do mundo e o segundo em América Latina
com maior matrícula universitária.
Colaboração cubana
Todos estes programas educativos que levam adiante o governo
venezuelano contam com a colaboração solidária de Cuba.
Sobre o tema, a ministra de Educação da ilha, Ena Elsa Velázquez,
declarou a Prensa Latina que nessa esfera se consolidam diversos acordos
bilaterais, o que redunda em maior qualidade do ensino.
Durante uma recente visita ao país sul-americano, Velázquez
precisou que ambos governos têm a vontade política necessária para seguir
avançando na formação docente.
Assinalou ademais que a figura do professor é insubstituível pelo
amor que este profissional doa a seu trabalho.
Também apresentou projetos da Revolução bolivariana como os
relacionados com a alimentação escolar e o acesso às novas tecnologias e a
livros da Coleção Bicentenário.
Velázquez avaliou além de muito positivos os lucros da Missão
Ribas, a qual tem formado em 10 promoções a mais de 950 mil bacharéis e
técnicos venezuelanos com a colaboração de assessores da nação caribenha.
Em outubro do 2000, Cuba e Venezuela subscreveram um Convênio
Integral de Cooperação que inclui esferas econômicas e sociais decisivas para o
bem-estar de ambos povos.
*Correspondente Chefe da Prensa Latina na Venezuela.
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