Dados
da contagem provisória divulgados este fim semana pela Comissão Nacional de
Eleições (CNE) e pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE)
indicam que Filipe Jacinto Nyusi vai à frente com 62,13 por cento, seguido de
Afonso Dhlakama com 31,06 e de Daviz Mbepo Simango com 6.81 por cento, quando
estão processadas mais de metade das mesas de votação. Entretanto, as
projecções do Observatório Eleitoral baseados em amostras estatisticamente
precisas, dão como certa a vitória do candidato da Frelimo com mais de 60 por
cento dos votos e da própria Frelimo com mais de 55 por cento.
Os
dados da CNE/STAE a que tivemos acesso indicam que nas Eleições Presidenciais
já foram processadas oito mil e 668 mesas, 50,96 por cento das 17 mil e dez
mesas consideradas e Filipe Nyusi continua à frente com 62,13 por cento dos
votos, correspondentes a um milhão, 504 mil e 348 votos dos eleitores, enquanto
Afonso Dhlakama está em segundo com 752 mil e 176 votos, correspondentes a
31,06 por cento. Em último lugar corre Daviz Simango com 6,81 por cento, o
equivalente a 164 mil e 844 votos.
Considerando
província por província, temos os seguintes
resultados:
Na
cidade de Maputo, contadas 891 das 994 mesas que funcionaram, o correspondente
a 89,64 por cento, Filipe Nyusi vai à frente com 68,92 por cento, Dhlkama vem a
seguir com 20,51 por cento e Daviz Simango está em último com 10,56 por cento.
Na
província de Maputo, a contagem vai em 59,08 por cento das mesas que são mil e
244 e Filipe Nyusi vai na dianteira com 77,50 por cento, Afonso Dhlakama
vem a seguir com 14,84 por cento e depois Daviz Simango com 17,262 por cento.
Em
Gaza, a vitória de Nyusi é esmagadora, pois vai em 94,08 por cento, não
deixando grandes margens para os seus adversários, quando estão processadas 546
mesas, das mil e 24 abertas.
Em
Inhambane, Nyusi está com 78,63 por cento de votos contadas 507 mesas das mil e
61, o correspondente a 47.79 por cento, enquanto Dhlakama está nos 16,95 por
cento. Em Manica, o processo das Presidenciais está quase no fim e Filipe Nyusi
ganha dianteira com 48,74 por cento dos votos em 950 mesas e Dhlakama vem logo
a seguir com 47,29 por cento. Falta processar 154 mesas.
Em Sofala, com 41,28 por cento do nível de processamento, Afonso Dhlakama vai à frente com 49,83 por cento de votos e Filipe Nyusi vem logo a seguir com 39,13 por cento dos votos, enquanto Daviz Simango tem 11,04 por cento dos votos.
Em
Tete, Filipe Nyusi corre à frente com 58,26 por cento dos votos, contadas
339 mesas, o correspondente a 20,38 por cento e Dhlakama está com 36,06 por
cento. Na Zambézia, com 42,63 por cento de processamento, o líder da Renamo
corre à frente com 46,56 por cento seguido logo de Filipe Nyusi com 46,56 por
cento.
Em
Nampula, maior círculo eleitoral do país, com 31,1 por cento de mesas contadas,
Nyusi vai na dianteira com 47,78 por cento e Dhlakama é segundo com 45.93 por
cento dos votos contados.
No
Niassa, contadas quase metade do número de mesas de votos instaladas, Filipe
Nyusi tem 57,29 por cento e Dhlakama tem 36,91 por cento. E, finalmente, em
Cabo Delgado, onde falta apenas contar 127 mesas, Nyusi joga em casa e tem
75,11 por cento de votos e Afonso Dhlakama 21,11 por cento.
Nas
Legislativas a Frelimo está em frente
em várias províncias
Nas legislativas, a Frelimo está à frente na cidade de Maputo com 63,97 por cento
processadas 49,3 por cento das mesas, na província de Maputo, com 77 por cento,
processadas 42 por cento das mesas. Em Gaza, tem 91,48 por cento, contadas
31,15 por cento dos votos e em Inhambane, possui 79.13 por cento dos votos, processados
que foram 26.77 por cento do total das mesas.
Em
Manica, a Frelimo está com 49,16 por cento, em Sofala com 37,84 por cento, em
Nampula, com 51,52 por cento processados 31,1 por cento das três mil e 71 mesas
instaladas. Em Tete, está com 56,76 por cento de votos, com 16,30 por cento de
mesas contadas e na Zambézia está com 43,42 por cento. No Niassa, o partido no
poder está com 64,31 por cento, com quase metade das mesas de votos contadas.
Finalmente,
em Cabo Delgado, com um processamento de 91,83 por cento, a Frelimo vai à
frente com 77,23 por cento do total de mil e 555 mesas instaladas.
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Moçambique/Ki-Moon pede “calma” aos moçambicanos
19 de Outubro de 2014, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co. mz
(Moçambique)
O secretário-geral das Nações
Unidas; Ban Ki-moon, apelou este sábado ao povo moçambicano para que mantenha
uma "atmosfera calma" enquanto aguarda pelos resultados das eleições
gerais realizadas na quarta-feira.
Numa declaração divulgada pelo
seu porta-voz, Ban Ki-moon destacou que, "apesar de alguns incidentes
localizados", as eleições foram consideradas por missões de observação
internacionais e locais como "pacíficas e transparentes".
O secretário-geral das Nações
Unidas pediu a todas as partes "que trabalhem em conjunto no quadro da lei
eleitoral e que se envolvam de forma construtiva no processo eleitoral enquanto
esperam pelo anúncio dos resultados finais".
A mensagem de Ban Ki-moon surge
após a Renamo, principal partido de oposição ter anunciado, na quinta-feira que
não aceitava os resultados, alegando a ocorrência de fraudes eleitorais.
No entanto, o líder da Renamo,
Afonso Dhlakama prontificou-se hoje a negociar com o Governo a criação de
"uma verdadeira democracia", ao mesmo tempo que dava a garantia de
que não vai recorrer à violência, pouco tempo depois de ter assinado, a 05 de
setembro, um acordo de paz com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, para
encerrar 17 meses de conflito na região centro.
O porta-voz da Frelimo disse
sábado que "não houve nenhum contacto" entre o partido e a Renamo
sobre cenários pós-eleitorais, mas prometeu responder ao pedido de negociações
do líder da Renamo.
Resultados oficiais provisórios
dos órgãos eleitorais, relativos a um terço das mesas de voto, colocavam na
sexta-feira o candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi, na dianteira,
com cerca de 61%, seguido de Afonso Dhlakama, com pouco mais de 30 por cento.
Nas legislativas, o cenário era
semelhante e a Frelimo liderava a contagem destacada.
O apuramento de dados está
agora a ser feito a nível distrital e provincial e, só quando estiver terminada
esta etapa, as autoridades eleitorais centrais retomarão a divulgação dos
resultados nacionais.
Mais de dez milhões de
moçambicanos foram chamados a escolher um novo Presidente da República, 250
deputados da Assembleia da República e 811 membros das assembleias provinciais.
No escrutínio concorreram três
candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos. (RM/Lusa)
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18 de Outubro de 2014, Agência de Informação de Moçambique (AIM) http://www.poptel.org.uk/ mozambique-news
(Moçambique)
A votação nas eleições presidenciais, legislativas e das
assembleias provinciais de quarta-feira foram calmas e ordeiras e não houve
irregularidades que pudessem comprometer o processo, apesar de incidentes
registados em alguns “pontos localizados”.
Esta foi a tónica dominante das declarações preliminares feitas
ontem em Maputo pelas diferentes missões de observação internacionais que
acompanham o processo eleitoral no país.
As missões de Observação da União Europeia, União Africana,
Commonwealth e EISA/Carter Center chamaram a comunicação social às respectivas
sedes na capital e em momentos diferentes para dizer que dão nota positiva ao
processo de votação.
“O processo de votação e contagem na sua generalidade foi
organizado e conduzido num clima calmo”, disse, por exemplo, a chefe da missão
de observação da União Europeia, Judith Sangertini, cuja equipa de 110
elementos visitou 614 mesas de voto em todo o país. Noventa por cento destas
mesas tiveram uma actividade avaliada como sendo “boa ou muito boa”.
“Não observámos irregularidades de magnitude tal que afectasse o
acto”, acrescentou Judith Sargentini, considerando, no entanto, que houve
constrangimentos que impediram os fiscais dos partidos políticos de fazer o seu
trabalho no dia da votação, o que ficou a dever-se à falta de capacidade de
outros partidos de colocar os seus fiscais e à alegada lentidão do Secretariado
Técnico da Administração Eleitoral (STAE) de dar resposta a algumas situações.
Acredita que a actual lei eleitoral, aprovada pelo Parlamento após
emendas sugeridas pela Renamo, constitui uma base suficiente para as eleições
democráticas e proporciona aos observadores espaço para a sua actividade.
Por seu turno, a missão integrada de observação do Instituto
Eleitoral da África Austral (EISA)/Carter Center referiu que os casos de
violência registados em alguns pontos do país no dia da votação para as
eleições não terão impacto nos resultados finais.
Na voz do seu chefe, Raila Odinga, ex-Primeiro-ministro do Quénia,
o EISA/Carter Center congratulou o povo moçambicano por ter exercido
pacificamente o seu direito constitucional e democrático de votar.
A missão insta os líderes políticos e o povo moçambicano a manterem
a calma, enquanto se aguarda pelo anúncio dos resultados finais pela Comissão
Nacional de Eleições (CNE) e pelo Conselho Constitucional. Esta missão,
composta por 87 observadores, visitou um total de 543 assembleias de voto em 80
distritos nas 11 províncias. Destas, a missão observou a abertura em 37, a
votação em 434, o encerramento em 32 e a contagem em 27.
A Commonwealth afirmou ontem que os resultados das eleições que têm
estado a ser divulgados no país reflectem a vontade do povo moçambicano
expressa no processo de votação. A missão deste grupo de países falantes do
inglês disse sentir-se satisfeita com o desenrolar de todo o processo que,
segundo disse, foi livre e transparente, não obstante pequenos incidentes
ocorridos.
A União Africana (UA) vai mais longe na sua avaliação ao considerar
que a votação de 15 de Outubro foi conduzida de uma forma transparente e que a
declaração de rejeição dos resultados, proferida quinta-feira, não seria de
esperar, porque os moçambicanos ainda estão sob emoção decorrente da divulgação
dos resultados provisórios. A chefe da missão da UA, Sophie Akuffo, juíza do
Tribunal Supremo do Ghana, reconheceu igualmente o ambiente pacífico e sem
sobressaltos em que decorreram as eleições.
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Moçambique/Eleições pacíficas
– União Africana
17 de Outubro de 2014, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz (Moçambique)
A Missão de Observação da União
Africana (AUEOM, sigla em inglês) `as eleições de 15 de Outubro último em
Moçambique classificou de pacífico o processo de votação, incluindo o período pré
– eleitoral, apesar de “alguns constrangimentos”.
A chefe da AUEOM no país, a
juíza Sophia Akuffo, antiga presidente do Tribunal Africano dos Direitos
Humanos e Povos e juíza do Tribunal Supremo do Gana, disse hoje, na capital do
país, Maputo, que apesar das dificuldades técnicas e logísticas que surgiram
durante o processo eleitoral, no geral, as eleições moçambicanas ocorreram num
clima de transparência e responsabilidade.
“Tenho a dizer que a equipa de
observadores da União Africana constatou que durante a campanha eleitoral, até
ao dia da votação (15 de Outubro), notou uma conduta desejada, uma vez que os
órgãos competentes estiveram acima dos acontecimentos e providenciaram
oportunidade para que todos os eleitores expressassem a sua vontade na urna”,
disse Akuffo.
A fonte confirmou que chegou ao
país, quatro dias antes do dia da votação, e que grande parte do eleitorado
afluiu as Mesas da Assembleia de Voto (MAVs) “livre de intimidação”.
A equipa da AUEOM é composta
por 45 observadores provenientes de 24 países africanos em representação do
Comité de Representantes Permanentes (COREP), do Parlamento Pan-africano (PAP),
dos Órgãos de Gestão das Eleições (OGE) e da sociedade civil.
A Missão fez questão de anotar
que 20 por cento das MAVs não reuniam condições para que os portadores de
deficiência física pudessem efectuar seu voto de uma forma condigna.
A AUEOM observou o processo de
abertura, votação e contagem de votos em 236 mesas de voto espalhadas pelo
país.
Um total de 17.010 mesas
funcionaram a escala nacional, a 15 de Outubro.
A Missão louva a participação
massiva de mulheres no processo eleitoral.
A avaliação da Missão foi
orientada pelos princípios e linhas directoras enunciadas nas regras e
regulamentos da União Africana (UA), incluindo a Carta da UA sobre a
Democracia.
A Missão vai permanecer no país
para acompanhar os acontecimentos pós - eleitorais, incluindo a proclamação dos
resultados definitivos. (RM/AIM)
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Moçambique/Editorial do
jornal Notícias sobre as eleições
17 de Outubro de 2014, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co. mz
(Moçambique)
Mocambique deu esta semana ao mundo
inteiro mais um exemplo de comprometimento com a paz, democracia e
desenvolvimento, ao realizar de forma ordeira e pacífica as quintas eleições
gerais que permitirão a escolha do novo Presidente da República e dos 250 deputados
que integrarão a Assembleia da República na próxima legislatura.
Elegeu também, pela segunda vez, em
escrutínio único, os 811 membros das onze assembleias provinciais.
Estas eleições, que decorrem à luz
da nova Lei Eleitoral, ficam marcadas por serem as mais vigiadas na história da
democracia multipartidária em Moçambique, por observadores nacionais e
estrangeiros, jornalistas e por vários grupos interessados, garantindo assim a
transparência do processo e a necessidade da aceitação dos resultados oficiais
não só pelos três candidatos à Presidência da República como também pelos
partidos políticos, coligações de partidos políticos e grupos de cidadãos
concorrentes à Assembleia da República e às Assembleias Provinciais.
Apesar de ainda escassos, face ao
universo eleitoral, dados avançados ontem, quer pelo Secretariado Técnico de
Administração Eleitoral (STAE), como pelas organizações interessadas no
processo, apontam para a vitória do candidato presidencial da Frelimo, Filipe
Nyusi, com cerca de 60 por cento, seguido pelo da Renamo, Afonso Dhlakama, com
cerca de 30 por cento, e por último o do MDM, Davis Simango, com oito por
cento. Nas legislativas, as projecções preveem o triunfo da Frelimo, com 57 por
cento, o equivalente a 142 deputados, seguido pela Renamo, com 30 por cento,
correspondente a 75 assentos, e por fim o MDM, com 12 por cento, o que lhe
confere 31 mandatos.
Talvez mais do que os resultados, o
mais importante ainda é a lição que os moçambicanos deram, primeiro ao afluírem
às urnas para manifestarem através do voto as suas preferências quanto aos
futuros dirigentes do país e também pelo modo como o fizeram: votação
tranquila, ordeira e pacífica.
Não queremos com isto dizer que tudo
tenha corrido as mil e uma maravilhas. Temos indicações de os órgãos eleitorais
terem que aperfeiçoar um pouco mais os seus mecanismos de funcionamento, pois
algumas mesas das assembleias de voto abriram com atrasos, houve trocas de
cadernos, alguns membros das mesas não conseguiram as suas credenciais, o que
de certo modo originou a ira dos eleitores.
São falhas próprias de um processo
idêntico, mas que chamam a atenção para a necessidade de melhorias em futuros
processos eleitorais, tal como se exige maior flexibilidade na divulgação final
dos resultados finais da votação para se contornar a exaltação dos ânimos dos
militantes e simpatizantes dos partidos políticos quando são divulgados os
primeiros resultados pelos observadores, jornalistas e outros interessados.
Com o exercício desta quarta-feira,
estão de parabéns todos os moçambicanos, em geral e, de modo particular, os
três concorrentes à Presidência da República, nomeadamente, Filipe Nyusi, da
Frelimo, Afonso Dhlakama, da Renamo, e Davis Simango, do MDM, bem como todos os
partidos políticos, coligações de partidos políticos e grupos de cidadãos que
serenamente aguardam pela divulgação dos resultados finais com a consciência de
terem participado num exercício democrático livre, justo e transparente.
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Moçambique/Frelimo diz que
denúncias da Renamo não põem em causa a votação
17 de Outubro de 2014, Televisão de Moçambique http://noticias.tvm.co.mz (Moçambique)
(TVM)
A Frelimo considerou ontem que as eleições gerais decorreram
"de forma ordeira, pacífica e transparente" e que as denuncias de
alegadas irregularidades feitas pela Renamo "não põem em causa, no cômputo
geral, o decurso normal deste processo".
"Para a Frelimo, o processo decorreu de forma ordeira,
pacífica e transparente. Os moçambicanos demonstraram muita maturidade neste
processo", disse à Lusa Damião José, porta-voz da Frelimo, partido no
poder.
"Algumas tentativas de perturbação do processo protagonizados por alguns cidadãos de má-fé nalguns pontos do país, no caso concreto de Angoche e Tsangano, em Tete, não põem em causa, no cômputo geral, o decurso normal deste processo", acrescentou.
A Renamo denunciou supostas irregularidades nas eleições gerais, incluindo enchimento de urnas, desaparecimento de cadernos, mesas de voto fechadas e intimidação de eleitores, e que levaram o maior partido de oposição a recusar o reconhecimento da votação.
Questionado pela Lusa, o porta-voz da Frelimo escusou-se a comentar as "declarações dos partidos da oposição", assinalando que os pronunciamentos do partido no poder "serão feitas oportunamente, logo que os órgãos eleitorais divulgarem os resultados definitivos deste processo".
"A postura da Frelimo é esta: não responde a provocações. Nós respeitamos e depositamos confiança nos órgãos competentes à luz da lei eleitoral, daí que dizemos que nós continuamos a fazer o acompanhamento da divulgação dos resultados preliminares até altura em que os órgãos eleitorais fizerem a divulgação final, ai sim, o nosso partido fará um pronunciamento", afirmou Damião José.
Os mais recentes dados do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) sobre as eleições presidenciais indicam que o candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, lidera a contagem de votos, com 63,02%, contra 29,42% do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, quando estava apurado um quarto dos votos dos 11 círculos eleitorais.
O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, posicionava-se na terceira posição em todos os círculos eleitorais com um total de 94.835 votos, o que corresponde a 7,5% do total escrutinado.
Damião José considerou os resultados preliminares "animadores, encorajadores", mas insistiu que por não serem concludentes a Frelimo vai "aguardar serenamente" que os órgãos eleitorais se pronunciem em definitivo.
"Desde os primeiros momentos em que abraçamos este desafio de
preparar estas eleições a nossa expetativa foi de vencer as eleições e esta
expetativa aumenta cada vez mais à medida que vamos notando que os resultados
preliminares apontam na direção certa, de vir a corresponder aquilo que sempre
foi o nosso objectivo final: vencer", afirmou.
Fonte do MDM assegurou à Lusa que esta formação política vai pronunciar-se sobre o processo de votação na sexta-feira em conferência a decorrer na cidade da Beira, onde reside o líder do partido, Daviz Simango. (SAPO com Lusa)
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MNE português diz desconhecer fraudes nas eleições em Moçambique
16 de Outubro
de 2014, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz
(Moçambique)
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete,
afirmou hoje, em Milão, que as informações que lhe chegaram na quarta-feira
sobre as eleições gerais em Moçambique não apontavam para quaisquer
irregularidades graves que permitissem por em causa os resultados.
Questionado em Milão, onde se
encontra para uma cimeira Ásia-Europa (ASEM), sobre a posição adoptada hoje à
tarde pela Renamo, que reivindicou a vitória nas eleições gerais de 15 de
outubro em Moçambique e disse não reconhecer os resultados eleitorais, devido a
irregularidades várias no processo eleitoral, Rui Machete disse não ter
conhecimento das alegadas fraudes.
"Ontem (quarta-feira), as
informações que tive, dadas pela nossa embaixada, eram no sentido de que as
eleições decorreram normalmente, que poderá ter havido, aqui e além, algum
problema, e houve coisas menores, mas que não foi notado pelos observadores,
tanto quanto se sabia na altura, que tenha havido, digamos, fraudes ou
perturbações no processo eleitoral que permitissem por em causa os resultados,
que ainda não sei quais são", afirmou.
Sobre a possibilidade de a
contestação aos resultados das eleições poder precipitar um novo período de
instabilidade política em Moçambique, Rui Machete disse que "não se espera
que isso aconteça" e lembrou que "havia um certo optimismo que,
quaisquer que fossem os resultados, os três principais partidos intervenientes
nas eleições acatassem" os mesmos.
O porta-voz da Renamo, António
Muchanga, afirmou hoje que, "pelos dados recolhidos no terreno", o
partido pode "afirmar categoricamente" que venceu as eleições, e
denunciou várias alegadas fraude e irregularidades durante o processo eleitoral.
"Por isso, não aceitamos
os resultados destas eleições. Não pode haver uma democracia para África e
outra para a Europa", declarou o porta-voz do maior partido de oposição,
no dia em que começaram a ser divulgados os primeiros resultados oficiais da
votação, que colocam o candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi, na
liderança da contagem, com 60,69%, quando estavam apuradas apenas 8,55% das
mesas de voto.
Mais de dez milhões de
moçambicanos foram chamados na quarta-feira para escolher um novo Presidente da
República, 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das
assembleias provinciais.
No escrutínio concorreram três
candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos. (RM/Lusa)
Moçambique,
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