23 outubro
2014, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
O Partido Frelimo e o seu candidato presidencial,
Filipe Jacinto Nyusi, são os vencedores das eleições de 15 de Outubro na
província de Maputo, segundo foi anunciado na segunda-feira.
A nível presidencial, os resultados divulgados pelo
presidente da Comissão Provincial de Eleições (CPE), Isac Balói, dão conta que
Filipe Nyusi obteve 298.624 votos, correspondentes a 73,63 por cento; Afonso
Dhlakama 71.407 votos, equivalentes a 17,61 por cento; e Daviz Simango 35.543
votos, que correspondem a 8,76 por cento.
A província inscreveu 757.594 eleitores. Votaram
422.195 eleitores, correspondentes a 55,73 por cento, e 335.399 abstiveram-se,
o equivalente a 44,27 por cento. Foram registados 9875 votos nulos e 6746 em
branco.
A província de Maputo funcionou com 1244 assembleias
de voto, tendo sido processados 1243 editais, o que corresponde a um nível de
99,92 por cento.
No que diz respeito à Assembleia da República, o
partido Frelimo arrecadou 265.508 votos, correspondentes a 68,27 por cento; a
Renamo 66.684, equivalentes a 17,15 por cento; e o MDM 47.998 votos, que
correspondem a 12,34 por cento.
Votaram para a Assembleia da República 420.257
eleitores (55,47 por cento) e 337.337 abstiveram-se (44,53 por cento). Foram
processados 1240 editais, o correspondente a 99,68 por cento.
Para a Assembleia Provincial, a Frelimo conquistou
278.891 votos, correspondentes a 69,76 por cento; a Renamo 67.043 votos,
equivalentes a 16,77 por cento; e o MDM 50.385 votos, que correspondem a 12,60
por cento. Foram registados 8683 votos nulos e 13.765 em branco.
Votaram 422.230 eleitores (55.73 por cento) e 335.364
abstiveram-se (44,27 por cento).
Até ontem, os órgãos eleitorais na província de Maputo
estavam a trabalhar, entre outros, no cálculo dos mandatos em função dos
resultados que cada concorrente obteve para a Assembleia da República e
Assembleia Provincial.
As eleições na província foram consideradas como tendo
decorrido num ambiente ordeiro e pacífico.
E em Inhambane
O Partido Frelimo e o seu candidato presidencial
venceram as eleições gerais da semana passada em Inhambane, anunciou na
terça-feira a Comissão Provincial de Eleições (CPE), após o apuramento
intermédio do escrutínio.
De acordo com os dados da CPE, o candidato
presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi, obteve, num total de 329.122 votos
depositados nas urnas, 231.427 votos, correspondentes a 76,27 por cento, contra
os 56.614 votos de Afonso Dhlakama, que equivalem a 18,66 por cento e os 15.397
de Daviz Simango, que dão 5,07 por cento.
Na eleição dos deputados da Assembleia da República, a
Frelimo somou 207.642 votos, correspondentes a 72,05 por cento; a Renamo 44.055
votos, iguais a 15,29 por cento; e o partido do “Galo” está na terceira posição
com 15.941 votos, ou seja 5,18 por cento dos votos. Nesta eleição, o PASOMO
arrecadou 3268 votos e os outros concorrentes não conseguiram lograr um por
cento dos votos, sequer.
Para a assembleia provincial, onde estão disponíveis
70 assentos, a Frelimo venceu a votação com 222.139 votos, equivalentes a 75,37
por cento dos votos validamente expressos que foram 328.951. A Renamo figura na
segunda posição com 49.771 votos, 16,89 por cento, enquanto o MDM quedou-se na
terceira posição com 19.987 votos, que totalizam 6,78 por cento, apenas.
Nas actas sobre eleições em Inhambane, assinadas por
todos os membros envolvidos no processo, consta o registo de 11.640 votos nulos
e 14.051 em branco, na eleição presidencial. No escrutínio para a Assembleia da
República, 25.145 votos foram considerados em branco e 15.768 votos foram
anulados. Dos 598.276 cidadãos registados como potenciais eleitores, 269.154
não compareceram às urnas.
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Moçambique/Eleições 2014: Arrancou
requalificação de votos
23
outubro 2014, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
Arrancou ontem, em Maputo, o processo de
requalificação dos votos nulos e protestados das eleições presidenciais,
legislativas e das assembleias provinciais realizadas a 15 deste mês, em todo o
país.
A operação, que tem lugar depois de concluído e
divulgado apuramento provincial, tem lugar na sede do Secretariado Técnico de
Administração Eleitoral (STAE) e envolve mais de 50 indivíduos, entre vogais da
Comissão Nacional de Eleições (CNE), técnicos do STAE central e dos órgãos
eleitorais da província e cidade de Maputo.
A requalificação dos votos considerados, nas mesas de
votação, nulos e os protestados, de acordo com a Lei Eleitoral, consiste num
exame minucioso dos mesmos feitos pela CNE, com apoio dos técnicos do STAE
devidamente capacitados para o efeito.
Só depois desta requalificação é que é feito o
apuramento geral dos dados da votação, que depois de elaborado pela CNE são
homologados e tornados públicos pelo Conselho Constitucional.
No que respeita à divulgação dos resultados finais da
votação de 15 de Outubro corrente, o “Notícias” sabe que os órgãos eleitorais
pretendem tornar estes dados públicos um pouco antes de terminar o prazo legal
para o efeito. De acordo com a legislação sobre esta matéria, a divulgação dos
resultados finais da votação deve ser feita até 15 dias depois das eleições o
que, para este caso, significa o dia 30 de Outubro.
Com efeito, as diferentes comissões provinciais já
iniciaram com a divulgação dos dados do apuramento provincial. Destas, destaque
vai para Maputo-cidade, Maputo-província, Gaza, Inhambane, Cabo Delgado,
Niassa, Nampula, Tete, Sofala e Zambézia.
Entretanto, o director-geral do STAE, Felisberto
Naife, confirmou ontem a detenção da chefe de operações do Secretariado Técnico
de Administração Eleitoral da cidade da Beira, Sónia Zimba, por indiciação de
tentativa de viciação de editais extraídos das eleições de 15 do Outubro
corrente.
Na ocasião, Felisberto Naife convidou a todos os
moçambicanos, em geral, e aos partidos políticos, em particular, a denunciarem
junto das autoridades competentes todas as irregularidades que forem detectando
ao longo do processo eleitoral em curso.
Lembrou que a Lei Eleitoral prevê punições para todo
tipo de irregularidades e atropelos que forem praticados na preparação e
realização das eleições. “A nova Lei Eleitoral prevê a intervenção dos
tribunais distritais para dirimirem os contenciosos eleitorais. Neste contexto,
apelamos a todos os cidadãos a denunciarem irregularidades que, à luz da Lei,
podem ser ilícitos eleitorais ou mesmo crimes”, frisou.
Por outro lado, Felisberto Naife referiu que a sua
instituição concluiu ontem o pagamento de mais de 120 mil indivíduos que ao
longo da votação e apuramento parcial dos resultados eleitorais trabalharam nas
cerca de 117 mil mesas de voto que funcionaram no país.
“Efectivamente, concluímos hoje o pagamento dos
membros das mesas de voto, incluindo os que se amotinaram na cidade da Beira em
frente à sede do STAE local”, afirmou a nossa fonte.
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